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Correa se disse contra a descriminalização e exigiu que a decisão do bloco da Aliança País fosse acatada por todos os parlamentares governistas (Foto: Internet) |
Do sítio web do jornal mexicano La Jornada, de 11/10/2013
De Quito - A proposta para que o aborto no
Equador não seja punido foi retirada na sexta-feira, dia 11, da discussão do novo
Código Integral Penal em exame na Assembleia Nacional, após a ameaça do
presidente Rafael Correa de renunciar caso fosse aprovada a descriminalização
do aborto.
A autora
da proposta, a integrante da bancada do governo Paola Pabón, retirou a
iniciativa "pela unidade" dos seus "100 companheiros parlamentares"
e para que o bloco governista da Aliança País (AP) "não evidenciasse uma
ruptura".
Correa havia
ameaçado renunciar a seu cargo devido à proposta de descriminalizar o aborto e
acusou de traidores e desleais a seus correligionários que apresentaram a
iniciativa.
"Companheiro
Rafael Correa, aqui não estão os traidores. Os traidores são os que estão fora
da cidade, os traidores são os que abusando duma relação de parentesco, duma
relação próxima, falharam a esta Revolução
Cidadã", disse a legisladora.
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O movimento das mulheres não foi atendido pela chamada Revolução Cidadã (Foto: Nodal) |
"Os
traidores não são os que sustentaram a tese de defender a vida das mulheres",
acrescentou a deputada Pabón.
Dirigindo-se
ao mandatário Correa, Pabón disse: "Com o imenso carinho que te temos te dizemos
que desta vez estás equivocado".
Continua em espanhol:
"Posiblemente no me lastimen los abucheos (não me incomodem as
vaias) de la oposición, me lastima (me incomoda) haber decepcionado a
compañeros y compañeras que tienen el legítimo derecho de reclamar de esta
Asamblea una posición distinta", expresó.
La despenalización del aborto se convirtió en el tópico más importante
en la discusión de las reformas penales para Ecuador, que buscan cambiar
(mudar) un antiguo código vigente desde 1930 que contiene anacronismos como
sanciones a la mendicidad (mendicância) y a la ofensa a los cadáveres y que
plantea (propõe) sanciones y delitos acordes con la realidad actual.
Para la aprobación de este instrumento legal, los asambleístas (parlamentares)
se declararon en sesión permanente y trabajarán el fin de semana.
Antes de entrar en vigencia, el Código Integral Penal debe recibir la
sanción del Ejecutivo ecuatoriano.
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