Morales quer processar o "governo de Obama" por delitos de lesa humanidade, terrorismo internacional e intervencionismo para roubar os recursos naturais (Foto: Aporrea.org) |
Num inflamado discurso pronunciado na sede da ONU, Morales disse que é necessário iniciar um julgamento do “governo de Obama”, conforme noticiou o portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, em matéria de ontem, dia 26.
“Se estamos aqui debatendo seriamente sobre a vida da humanidade, eu quero lhes propor, talvez possamos compartilhar com alguns, seriamente temos que pensar em constituir um Tribunal dos Povos com organismos internacionais e grandes defensores dos direitos humanos para começar um julgamento contra o governo de Obama”, afirmou.
O mandatário indígena deu como exemplo para o processo por lesa humanidade os bombardeios contra a Líbia. Citou então o fornecimento de armas aos opositores para configurar um caso de terrorismo internacional e, ainda quanto à Líbia, um caso de intervencionismo, buscando pretextos para se apropriar de seus recursos naturais.
Referiu-se também à invasão do Iraque e continuou: “Eu continuo convencido, por trás de qualquer guerra, por trás de qualquer intervenção, o que fazem é tomar os nossos recursos naturais, e isso vivemos na Bolívia, mas lá recuperamos nossos recursos naturais democraticamente, não com balas e sim com votos, não com dinheiro e sim com a consciência da Bolívia, do povo boliviano”.
Evo Morales fez um chamamento à consciência dos chefes de nação ali reunidos, clamando contra o bloqueio econômico utilizado como arma de guerra pelo império estadunidense, classificando-o como genocídio (o bloqueio a Cuba, por exemplo, o mais escandaloso, já dura 51 anos). Para ele, a formação do tribunal internacional se justifica, “se realmente somos responsáveis pela vida e pela humanidade, se somos responsáveis pela verdade, se somos responsáveis pela justiça e pela paz”.
Ainda de acordo com o portal Nodal, o mandatário boliviano frisou que a guerra é o negócio do capitalismo e disse que não pode haver justiça, nem igualdade, enquanto predomine o negócio da guerra.
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