Fidelis Alcântara acredita que as sementes do movimento ainda podem germinar (Fotos: Jadson Oliveira) |
A informação é do publicitário Fidelis Alcântara, que poderia ser catalogado como uma das lideranças do movimento, embora essa coisa de líder esteja banida do vocabulário atual de jovens militantes, com atuação “horizontal” – as novas tinturas anarquistas -, que navegam como peixes n’água pelas redes sociais da web. Ele garante que a zuada do “Fora Lacerda” chegou realmente a incomodar o prefeito e o detalhe dos 15% chegou até eles através de vazamento do resultado duma pesquisa mandada fazer pelo próprio Lacerda.
Experiências de movimentos sociais em debate na Faculdade de Direito: Aerton Silva, Raissa Galvão, Joana Tavares, Maíra Gomes (mediadora), Fidelis Alcântara, Decanor Nunes e Clebin Querino |
(Atacaram, portanto, através de formas alternativas, já que nos órgãos comerciais, na mídia hegemônica, francamente de direita, criminalizadora por excelência dos movimentos sociais, não conseguiram nenhuma brecha).
Ativistas refluíram após serem estigmatizados como petistas
A agitação ia de vento em popa, mas, no período eleitoral do ano passado (campanha de reeleição de Lacerda), quando, aparentemente, teria tudo para crescer ainda mais, o movimento refluiu. É que o prefeito, que tinha rompido sua aliança com o PT, acusou os ativistas de estarem a serviço e financiados pelos petistas. Era mentira, mas os militantes se sentiram constrangidos com tal estigmatização. De acordo com esta visão – que é a visão de Fidelis -, a tática do prefeito acertou em cheio.
A bandeira do "Fora Lacerda" no Grito dos Excluídos, em 7 de setembro |
Foi este relato – um pouco mais resumido – que Fidelis apresentou no dia 17, último dia do ciclo de debates “Mídia, Hegemonia e Transformação Social”, promovido pelo grupo que faz o jornal Brasil de Fato, edição de Minas Gerais. Foram cinco terças-feiras – de 20/agosto a 17/setembro – de bons temas para a militância democrática e de esquerda, com a participação de umas 20 a 40 pessoas em cada noite, presença pelo menos dobrada através da cobertura ao vivo da Mídia Ninja (esta é a terceira matéria que posto aqui neste meu blog sobre o evento).
Neste último encontro, na Faculdade de Direito da UFMG (os primeiros foram no Sindicato dos Jornalistas), foi justamente a vez de movimentos sociais mineiros falarem de sua experiência, focando mais no manejo de meios alternativos e populares de comunicação.
A quarta edição mineira do Brasil de Fato |
Foram apresentadas e debatidas também outras experiências, sob a coordenação da jornalista Maíra Gomes, da equipe mineira do Brasil de Fato: dos coletivos Fora do Eixo/Mídia Ninja (por Raissa Galvão), da Articulação do Semi-árido brasileiro – ASA-Minas (Decanor Nunes), da Associação Imagem Comunitária (Clebin Querino) e do programa de TV Extra-Classe, do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (da rede privada) – Sinpro (por Aerton Silva).
Comentários