COLÔMBIA: POPULARIDADE DO PRESIDENTE DESPENCA PARA 21%

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ainda não declarou se vai disputar a reeleição em 2014 (Foto de 22/08/13: Agência EFE/Opera Mundi)
Pesquisa mostra que a imagem positiva de Juan Manuel Santos caiu 27 pontos em dois meses




Por Opera Mundi, de 05/09/2013

A popularidade do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, despencou 27 pontos percentuais, para 21%, a mais baixa em todo seu governo, devido ao tímido avanço na negociação de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e a um protesto rural que provocou atos de violência e interrupção de estradas, revelou uma pesquisa nesta quarta-feira. As informações são da agência Reuters.


De acordo com a sondagem da empresa Gallup, a imagem positiva do chefe de Estado chegou a atingir 48% no levantamento anterior divulgado no fim de junho.

A imagem negativa de Santos, que assumiu a Presidência em agosto de 2010 para um mandato de quatro anos, subiu 28 pontos, para 72%, ante 44% na pesquisa anterior.

Embora a popularidade do líder de centro-direita tenha caído desde que assumiu o cargo, a pesquisa foi feita em meio à mobilização de camponeses, que se converteu em um dos principais desafios para Santos, que deverá decidir até novembro se tentará a reeleição em 2014.
 

Milhares de camponeses colombianos começaram em 19 de agosto um protesto contra o elevado custo dos fertilizantes, o baixo preço que recebem por suas safras, o contrabando de alimentos e a crescente competição dos produtos importados com amparo de tratados de livre-comércio.

A queda na popularidade também ocorreu em meio aos esforços para acelerar a negociação de paz com as FARC para tentar encerrar um conflito interno de quase meio século que deixou ao menos 200 mil mortos e milhões de desabrigados.

Apesar de a maioria dos colombianos apoiar o processo, eles duvidam que o diálogo leve à assinatura de um acordo que silencie as armas, enquanto aumenta o medo de que Santos faça concessões demais aos rebeldes, como permitir que integrem o Congresso sem pagar por seus crimes.

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas nas cidades de Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla e Bucaramanga, com uma margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.


Observação do Evidentemente: Conforme noticiário na blogosfera desta sexta-feira, dia 06, o presidente colombiano acaba de trocar cinco de seus 16 ministros: do Interior, da Justiça, da Agricultura, de Minas e do Meio Ambiente. Todo o ministério havia apresentado aquela renúncia coletiva chamada de protocolar e cinco acabaram substituídos. 

Isso em meio à pesada crise, conforme se refere a matéria acima, duma greve agrária e nacional que já dura mais de duas semanas, com a participação dos camponeses e várias outras categorias, como trabalhadores da mineração e caminhoneiros. Com bloqueio de estradas, repressão policial, mortes, prisões e militarização da capital Bogotá. 

A conjuntura política ainda é marcada pelas dificuldades das conversações em busca de paz, que se dão em Havana (Cuba), entre representantes do governo e das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

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