Lula esteve no último Foro de São Paulo com o mesmo entusiasmo do primeiro, em 1994 (Foto: Página/12) |
Enquanto os chanceleres preparavam o cenário
para discutir sobre a ONU, a Unasul e a Celac, dirigentes de forças governantes
da América Latina discutiram no Foro de São Paulo como por em prática uma ideia
manifestada por Lula: “Que não haja retrocesso”.
Por
Martín Granovsky, no jornal
argentino Página/12, edição de 11/08/2013
(o título acima é deste blog)
Lamentou
porque já eram 9:10 horas da noite e não tinha podido chegar às 8 horas no
aniversário de um dos seus netos, mas ficou e fez um discurso em que sobressaiu
uma ideia: “Que não haja nenhum retrocesso nas conquistas que conseguimos até agora”.
Como ex-presidente, Lula esteve no último Foro de São Paulo com o mesmo
entusiasmo do primeiro, em 1994, quando faltavam nove anos para sua assunção em
Brasília. A diferença agora após 19 anos é que muitos dos que o escutaram nesta
última vez eram dirigentes de forças políticas que estão no governo.
Pela Argentina, dentre outros, estiveram o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Guillermo Carmona, representante de Mendoza (província – estado - argentino) da Corrente pela Militância; o dirigente da Frente Transversal e funcionário da Chancelaria Oscar Laborde, e Alejandro Rusconi, do Movimento Evita.
O Foro coincidiu com a preparação, por parte do chanceler (argentino) Héctor Timerman, da massiva presença de colegas seus da região em 6 de agosto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, quando Cristina Fernández de Kirchner presidiu a sessão sobre como a ONU devia se relacionar com organismos regionais e subregionais.
Chorando, não
“Um partido de esquerda que chega ao poder não pode cometer o erro que cometeu em outros lugares”, disse Lula. “Não pode perder sua relação com o povo.” Ironizou ao dizer que “o poder é uma coisa mágica”, porque alguns chegam ao poder e deixam de pensar que as pessoas nas ruas é um fenômeno positivo. Ao contrário, disse estar convencido de que “o povo evolui a cada dia, também no Brasil”.
“Estou convencido de que, respeitando a cultura e a política de cada país, temos condições de apresentar uma nova cultura de esquerda”, afirmou.
“Não podemos ficar chorando e nos queixando dos grandes meios de comunicação conservadores”, disse em seu discurso, e chamou a “usar a Internet para se chegar a milhões de pessoas”.
“A integração pode ser só comercial?”, se perguntou Lula. “E o movimento sindical, os parlamentares, os partidos, a juventude, os cientistas?” Então prometeu ser um “animador” da coordenação regional e disse: “Pelo fato do Brasil ser o maior país do continente e a maior economia, tem mais responsabilidade na integração”.
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