IMPRENSA CONTINUA DENUNCIANDO ESPIONAGEM NO EQUADOR A MANDO DE URIBE





Álvaro Uribe, acusado de comandar esquema de espionagem quando presidente da Colômbia (Foto: Internet)
Quito, 1 agosto (Agência Prensa Latina) - Meios de imprensa acompanham aqui atentamente a denúncia de ex-agentes do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) da Colômbia que receberam ordens diretas do então presidente Álvaro Uribe para compilar informação dos governos do Equador e da Venezuela.

William Romero, ex-diretor do departamento de Recursos Humanas do DAS e a ex-espiã Alba Luz Flores, codinome Mata Hari, confirmaram as denúncias em depoimento perante o máximo tribunal de justiça desse país, o que continua em destaque na imprensa equatoriana.

Durante o julgamento contra a ex-diretora do DAS María del Pilar Hurtado, o ex-secretário do Palácio Presidencial Bernardo Moreno afirmou que durante três anos escondeu material de inteligência sobre os governos da Venezuela e do Equador, segundo a agência Andes.

No caso do Equador, os ex-agentes disseram que as ordens eram para rastrear as atividades do governo do presidente Rafael Correa, depois do bombardeio colombiano ao território equatoriano em Angostura no dia 1 de março de 2008, informou a Telesur.

Segundo reportagem desse canal multinacional de notícias, Romero já tinha feito declarações sobre as chamadas 'chuzadas' (interceptações telefônicas e rastreamentos ilegais) a magistrados, o que tem tido pouca difusão na Colômbia.

Romero alegou que escondeu a informação recolhida sobre a Venezuela e o Equador por considerar que era uma bomba de tempo e que as relações com esses vizinhos atravessavam um momento ruim.

"Não divulguei por medo físico, fiquei com medo pelas consequências que poderia ter, hoje me pesa não ter contado tudo antes", afirmou a testemunha em declarações reproduzidas pelo jornal colombiano El Nuevo Siglo.

Em 2010, a imprensa equatoriana difundiu dados baseados em declarações anônimas sobre uma suposta espionagem telefônica por parte do DAS, a agência colombiana de inteligência.

De acordo com versões jornalísticas desse escândalo, o órgão colombiano interceptou em 2008 os telefones do mandatário do Equador, Rafael Correa, assim como de colaboradores, militares, políticos e empresários.

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