....democracia ainda não resolveu abuso policial que herdou da ditadura....
É preciso urgentemente inverter a lógica criminal da repressão numa cultura que reconheça, sobretudo, que os limites da dignidade humana são intransponíveis, mesmo, e principalmente, para os agentes do Estado.
Por Marcelo Semer, no seu blog Sem Juízo, de 07/08/2013 (o título acima é deste blog)
Enquanto a Comissão Nacional da Verdade ainda se debruça sobre casos de desaparecimentos da época da ditadura, o país foi tomado por uma pergunta incômoda demais para tempos de democracia: cadê o Amarildo?
Amarildo de Souza, pedreiro morador da Rocinha, foi visto pela última vez ao ser levado por policiais de uma unidade dita pacificadora. Teria sido confundido com um traficante e supostamente liberado.
Nunca mais foi visto, porém, depois da ação policial.
As câmaras existentes no local onde foi detido não estavam funcionando e inexplicavelmente o GPS da viatura ficou desligado.
A pergunta sobre Amarildo ainda não foi respondida, quase um mês depois de seu desaparecimento, mas outras questões indicam que o panorama da repressão, ao cabo de três décadas de redemocratização, segue produzindo novos esqueletos em armários.
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