Maduro, Cristina, Evo e Correa na reunião da Unasul em Cochabamba (Foto: EFE/Opera Mundi) |
Líderes e representantes das nações sul-americanas exigiram explicações de governos europeus que proibiram sobrevoo
Por Luciana Taddeo, no Opera Mundi, de 05/07/2013
Os presidentes latino-americanos presentes na reunião extraordinária da Unasul, realizada na noite desta quinta-feira (04/07), após França, Itália, Portugal e Espanha impedirem que o avião que transportava Evo Morales e sua comitiva sobrevoasse ou pousasse em seus territórios, pediram esclarecimentos e desculpas dos governos europeus. Segundo esses governos, o veto se deveu a uma informação de que o ex-agente da CIA, Edward Snowden, estava a bordo da aeronave.
Na declaração final da reunião em Cochabamba, os presentes denunciam que a situação com Morales configura um ato “insólito, inamistoso e hostil”, além de “ilícito”, que representa uma “flagrante violação” dos tratados internacionais, a “falta de transparência sobre as motivações das decisões políticas que impediram o trânsito aéreo de aeronave presidencial boliviana e de seu presidente”, e “as práticas ilegais de espionagem que colocam em risco os direitos cidadãos e a convivência amistosa entre nações”.
A declaração exige que os governos da França, de Portugal, da Itália e da Espanha expliquem as razões do sucedido e apresentem as desculpas públicas correspondentes, denuncia a “grave violação de Direitos Humanos e a exposição a perigo concreto da Vida do Presidente Evo Morales” e apoia o direito do Estado boliviano para “realizar todas as ações que considere necessárias nos tribunais e instâncias competentes”.
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