De Caracas - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, sigla em inglês) incluiu na sexta-feira, dia 19, na lista da "Memória do Mundo", a obra do líder revolucionário Ernesto "Che" Guevara, que consta de textos originais, como o diário que levava nas montanhas da Bolívia, onde foi ultimado por militares em 1967.
A solicitação foi feita por Bolívia e Cuba conjuntamente, e foi discutida por um comitê consultivo internacional que se reuniu de 18 a 21 de junho em Gwuangju, República da Coreia, para estudar as candidaturas apresentadas na ocasião por 54 países.
No ato de inclusão, que se celebrou em Havana, participaram a família do reconhecido lutador e representantes do governo cubano.
Aleida Guevara, filha do Che, indicou que os textos, que serão preservados para as novas gerações, proporcionarão a possibilidade de se conhecer seu pai não apenas como dirigente e político, mas também como ser humano, conforme noticiou a TV Telesul.
Em seu discurso de agradecimento lido no antigo comando do Che na Fortaleza de La Cabaña, na capital cubana, Aleida insistiu na importância de se respeitar a história e o legado de seu pai.
O Registro Memória do Mundo foi criado em 1997 para proteger elementos importantes do patrimônio documental. Atualmente, contém 245 coleções, que incluem a memória do Canal de Suez (Egito), os discos originais de Carlos Gardel (Argentina), as listas de ouro dos exames imperiais da dinastia dos Qing (China) e os diários epistolares do chefe tradicional africano Hendrik Witbooi (Namíbia).
O Comitê se reúne a cada dois anos para estudar as propostas de inscrição.
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