Correa anunciou suas propostas durante o encontro dos movimentos sociais e indígenas que respaldaram Evo Morales (Foto: Aporrea.org) |
Por Elciudadano.gob.ec – reproduzido do
portal Aporrea.org, de 24/07/2013
O Equador levará três pontos fundamentais à reunião da
Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) e buscará fortalecer
este organismo regional para fazer frente às pressões das poderosas empresas
transnacionais.
O presidente Rafael Correa anunciou os três pontos, durante o encontro dos movimentos sociais e indígenas que respaldaram o mandatário boliviano, Evo Morales. O ato ocorreu no último dia 23 na Casa da Cultura Equatoriana.
O chefe de Estado equatoriano lembrou que neste momento a América vive uma mudança de época, que poucos imaginaram ou que inclusive podia estar nos escritos do realismo mágico do gênio colombiano Gabriel García Márquez. Ele disse que pouquíssimos pensaram que um simples torneiro mecânico, que após ter sido líder sindical, se converteria num dos melhores presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Tampouco ninguém se atreveu a pensar que um sacerdote da Teoria da Libertação seria a primeira autoridade do Paraguai, com Fernando Lugo. Assim como que um indígena e líder “cocalero” (produtor de folhas de coca) seria o mandatário da Bolívia, Evo Morales. Ou ninguém pensou que três ex-guerrilheiros tomassem democraticamente a presidência de seus países, como Daniel Ortega (Nicarágua); José Mujica (Uruguai) e Dilma Rousseff (Brasil).
Esta era de reivindicação do poder cidadão ainda é torpedeada por poderes econômicos, políticos e midiáticos que procuram qualquer brecha para tratar de desestabilizar esses governos.
Por isso, o presidente Rafael Correa pede que os organismos como a ALBA, Unasul (União das Nações Sul-americanas) e CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos) se convertam nos escudos para fazer frente a esses perigos.
As três propostas que o Equador levará à reunião da ALBA em Guayaquil (não é a capital, mas é a maior cidade do Equador) são: fazer um bloco para lutar contra os centros de arbitragem internacionais que demonstraram atuar em defesa dos interesses das ricas multinacionais e não dos Estados.
O Equador sofreu na própria carne, pois foi prejudicado por arbitragens que beneficiaram as petroleiras Occidental e Chevron, apesar de que, do ponto de vista jurídico, não teriam possibilidade de ganhar os litígios.
O segundo ponto será insistir na reforma do sistema interamericano de direitos humanos, que tem demonstrado sérios vazios. O presidente Correa sublinhou que não se pode entender a defesa dos direitos fundamentais quando continua o bloqueio "criminoso" a Cuba por parte dos Estados Unidos ou quando persiste uma colônia britânica nas ilhas argentinas de As Malvinas.
O mandatário equatoriano lembrou que os EUA não firmaram o Pacto de San José, que é o arcabouço legal do sistema interamericano de direitos humanos. No entanto, a sede da Corte e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ambos organismos encarregados de vigiar o respeito aos princípios dos direitos humanos, tem sua sede em Washington.
O terceiro ponto que apresentará à ALBA é fortalecer a união de todas as nações membros. O chefe de Estado acredita que nossos países não poderão, cada um por si, mudar a ordem mundial; mas juntos poderão se fazer escutar e respeitar.
A união é fundamental. Assim o dizia a líder indígena, Tránsito Amaguaña, cujo nome foi recordado na Casa da Cultura: “Sozinhos somos como os grãos de “quinua” (tipo de folhas comestíveis) que voam com o vento; mas unidos esse vento não nos tocará”.
O presidente Rafael Correa anunciou os três pontos, durante o encontro dos movimentos sociais e indígenas que respaldaram o mandatário boliviano, Evo Morales. O ato ocorreu no último dia 23 na Casa da Cultura Equatoriana.
O chefe de Estado equatoriano lembrou que neste momento a América vive uma mudança de época, que poucos imaginaram ou que inclusive podia estar nos escritos do realismo mágico do gênio colombiano Gabriel García Márquez. Ele disse que pouquíssimos pensaram que um simples torneiro mecânico, que após ter sido líder sindical, se converteria num dos melhores presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Tampouco ninguém se atreveu a pensar que um sacerdote da Teoria da Libertação seria a primeira autoridade do Paraguai, com Fernando Lugo. Assim como que um indígena e líder “cocalero” (produtor de folhas de coca) seria o mandatário da Bolívia, Evo Morales. Ou ninguém pensou que três ex-guerrilheiros tomassem democraticamente a presidência de seus países, como Daniel Ortega (Nicarágua); José Mujica (Uruguai) e Dilma Rousseff (Brasil).
Esta era de reivindicação do poder cidadão ainda é torpedeada por poderes econômicos, políticos e midiáticos que procuram qualquer brecha para tratar de desestabilizar esses governos.
Por isso, o presidente Rafael Correa pede que os organismos como a ALBA, Unasul (União das Nações Sul-americanas) e CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos) se convertam nos escudos para fazer frente a esses perigos.
As três propostas que o Equador levará à reunião da ALBA em Guayaquil (não é a capital, mas é a maior cidade do Equador) são: fazer um bloco para lutar contra os centros de arbitragem internacionais que demonstraram atuar em defesa dos interesses das ricas multinacionais e não dos Estados.
O Equador sofreu na própria carne, pois foi prejudicado por arbitragens que beneficiaram as petroleiras Occidental e Chevron, apesar de que, do ponto de vista jurídico, não teriam possibilidade de ganhar os litígios.
O segundo ponto será insistir na reforma do sistema interamericano de direitos humanos, que tem demonstrado sérios vazios. O presidente Correa sublinhou que não se pode entender a defesa dos direitos fundamentais quando continua o bloqueio "criminoso" a Cuba por parte dos Estados Unidos ou quando persiste uma colônia britânica nas ilhas argentinas de As Malvinas.
O mandatário equatoriano lembrou que os EUA não firmaram o Pacto de San José, que é o arcabouço legal do sistema interamericano de direitos humanos. No entanto, a sede da Corte e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ambos organismos encarregados de vigiar o respeito aos princípios dos direitos humanos, tem sua sede em Washington.
O terceiro ponto que apresentará à ALBA é fortalecer a união de todas as nações membros. O chefe de Estado acredita que nossos países não poderão, cada um por si, mudar a ordem mundial; mas juntos poderão se fazer escutar e respeitar.
A união é fundamental. Assim o dizia a líder indígena, Tránsito Amaguaña, cujo nome foi recordado na Casa da Cultura: “Sozinhos somos como os grãos de “quinua” (tipo de folhas comestíveis) que voam com o vento; mas unidos esse vento não nos tocará”.
Comentários