DESAPARECIMENTO DO PEDREIRO AMARILDO MOBILIZA COMUNIDADE DA ROCINHA



O caso está sendo investigado pelo delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP (Gávea), ainda sem conclusão
O caso está sendo investigado pelo delegado Orlando Zaccone, da 15a. DP (Gávea), ainda sem conclusão

Por Anne Vigna, com agência Pública, do Rio de Janeiro (do Correio do Brasil, de 30/07/2013)

Não é preciso passar muito tempo junto à família de Amarildo (primeira das fotos acima) para entender que a UPP da Rocinha se envolveu em um problema bem grande. Amarildo não é uma pessoa que poderia desaparecer sem que sua família perguntasse por ele, não é o pai de quem os filhos esqueceriam facilmente, não é o sobrinho, tio, primo, irmão, marido por quem ninguém perguntaria: onde está Amarildo?

Neste pedaço bem pobre da Rocinha, onde nasceu, cresceu, viveu e desapareceu Amarildo, “muitos são de nossa família”, diz Arildo, seu irmão mais velho, apontando os quatro lados da casa. Em uma caminhada pela comunidade na companhia de um sobrinho de Amarildo, a repórter da Pública conheceu algumas primas, depois umas sobrinhas, tomou um café com as tias lá em cima, de onde desceu acompanhada de irmãos e filhos de Amarildo. De todos ouviu a descrição de Amarildo como “um cara do bem” que, por desgraça, tornou-se famoso – e não por sua característica mais marcante, o bom coração.

As casas são ligadas por escadas antigas, feitas possivelmente por seus avós que vieram da zona rural de Petrópolis para o Rio com os três filhos ainda bem pequenos. “A Rocinha nessa época ainda era mato e poucas casas de madeira, uns barracos como se diz, e nada mais”, diz Eunice, irmã mais velha de Amarildo.

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Comentários

Anônimo disse…
Fui à igreja e depois desapareci. Os culpados são o padre ou o sacristão? Estive em uma roda de baralho e depois desapareci. Os culpados são os outros integrantes da roda? Fui visto pela última vez em um boteco, bebendo e discutindo com algumas pessoas por causa de futebol. Eles e o dono do bar são os culpados do meu desaparecimento posterior? Quem sabe? Talvez sim, talvez não. Culpa automática?