De Salvador (Bahia) - Na tarde desta quinta-feira, dia 11, o chamado Dia Nacional de Luta das centrais sindicais, de sindicatos e de movimentos sociais organizados foi marcado por uma manifestação de rua diferente, bem comportada, previsível, sem os sobressaltos e a irreverência de outras que arrepiaram os cabelos dos políticos e autoridades durante o agitado mês de junho do ano 2013.
Um mês que alvoroçou direitistas e esquerdistas diante de tanta mobilização - sem dirigentes explícitos e com o protagonismo das redes sociais - e quebrou a "virgindade" política de centenas de milhares de jovens brasileiros.
Alguns antigos companheiros de esquerda que encontrei na Avenida Sete - via condutora dos manifestantes entre o Campo Grande e a Praça Municipal, na área central da capital baiana - não perdoaram: um me disse: "Pra mim aí só tem gente de direita"; outro disse: "Há muito tempo não vejo tantos pelegos juntos"; outro amigo, direitista juramentado, me disse o óbvio: "Viu aí os chapa-branca!?, que fracasso!" Em casa li uma velha amiga no Facebook: "Que manifestação mais sem graça!"
Não compartilho de tanto rigor, mas creio que os companheiros da esquerda (ou centro-esquerda, seria melhor), mais afinados com os governos Lula/Dilma/PT - gente ligada ou da área de influência de, por exemplo, PT e PCdoB - estão pagando um justo desgaste por tantos anos de acomodação, de cooptação, de entrega às armadilhas da opção exclusiva às atividades eleitorais e parlamentares. (Na estrutura sindical são da Central Única dos Trabalhadores/CUT e da Central dos Trabalhadores do Brasil/CTB, esta última a mais forte na Bahia).
Mas também não era somente este o espectro ideológico e político presente nos protestos desta quinta. Não. Entre os cerca de cinco mil baianos na rua, estavam dirigentes e militantes sindicais mais à direita, como os vinculados à Força Sindical; e estavam outros bem mais à esquerda, como os ligados à Central Sindical e Popular (CSP) - Conlutas.
Esta última força política é identificada com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), que pode ser criticado por outros pecados, menos o de bater leve no petismo. Confira nas fotos abaixo, todas, como nas demais, clicadas na manifestação desta quinta:
Bem, mesmo com tais diferenças, conseguiram fazer um ato unitário nas muitas reivindicações, embora os blocos se distribuíssem mais ou menos separadamente no desfile, conforme se pode ver nas fotos. Nos discursos finais, na Praça Municipal, do alto do carro de som da Força Sindical, deram seu recado os representantes de todas as centrais sindicais.
Não houve repressão policial e também não apareceram os "vândalos" ou "baderneiros", já tornados célebres pelo matracar dos veículos da grande e velha mídia. Certamente por temê-los (e também pela precariedade dos transportes coletivos num dia de paralisações parciais nos serviços), o comércio fechou as portas no trecho da Avenida Sete usado na passeata. Também não se viu grupo em ação identificado como de ultra-direita.
Além dessa manifestação na capital, houve dezenas de outras na área industrial no entorno de Salvador, no Recôncavo Baiano e em várias cidades do interior do estado.
Um mês que alvoroçou direitistas e esquerdistas diante de tanta mobilização - sem dirigentes explícitos e com o protagonismo das redes sociais - e quebrou a "virgindade" política de centenas de milhares de jovens brasileiros.
Alguns antigos companheiros de esquerda que encontrei na Avenida Sete - via condutora dos manifestantes entre o Campo Grande e a Praça Municipal, na área central da capital baiana - não perdoaram: um me disse: "Pra mim aí só tem gente de direita"; outro disse: "Há muito tempo não vejo tantos pelegos juntos"; outro amigo, direitista juramentado, me disse o óbvio: "Viu aí os chapa-branca!?, que fracasso!" Em casa li uma velha amiga no Facebook: "Que manifestação mais sem graça!"
Não compartilho de tanto rigor, mas creio que os companheiros da esquerda (ou centro-esquerda, seria melhor), mais afinados com os governos Lula/Dilma/PT - gente ligada ou da área de influência de, por exemplo, PT e PCdoB - estão pagando um justo desgaste por tantos anos de acomodação, de cooptação, de entrega às armadilhas da opção exclusiva às atividades eleitorais e parlamentares. (Na estrutura sindical são da Central Única dos Trabalhadores/CUT e da Central dos Trabalhadores do Brasil/CTB, esta última a mais forte na Bahia).
Mas também não era somente este o espectro ideológico e político presente nos protestos desta quinta. Não. Entre os cerca de cinco mil baianos na rua, estavam dirigentes e militantes sindicais mais à direita, como os vinculados à Força Sindical; e estavam outros bem mais à esquerda, como os ligados à Central Sindical e Popular (CSP) - Conlutas.
Esta última força política é identificada com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), que pode ser criticado por outros pecados, menos o de bater leve no petismo. Confira nas fotos abaixo, todas, como nas demais, clicadas na manifestação desta quinta:
Bem, mesmo com tais diferenças, conseguiram fazer um ato unitário nas muitas reivindicações, embora os blocos se distribuíssem mais ou menos separadamente no desfile, conforme se pode ver nas fotos. Nos discursos finais, na Praça Municipal, do alto do carro de som da Força Sindical, deram seu recado os representantes de todas as centrais sindicais.
Não houve repressão policial e também não apareceram os "vândalos" ou "baderneiros", já tornados célebres pelo matracar dos veículos da grande e velha mídia. Certamente por temê-los (e também pela precariedade dos transportes coletivos num dia de paralisações parciais nos serviços), o comércio fechou as portas no trecho da Avenida Sete usado na passeata. Também não se viu grupo em ação identificado como de ultra-direita.
Além dessa manifestação na capital, houve dezenas de outras na área industrial no entorno de Salvador, no Recôncavo Baiano e em várias cidades do interior do estado.
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