(Foto: Agência A Tarde) |
(Foto: Jadson Oliveira) |
De Salvador (Bahia) - Primeiro, seguem fotos tiradas por mim no início da manifestação da quinta-feira, dia 20, a partir do Campo Grande, na região do centro da capital baiana, rumo ao estádio da Fonte Nova, onde se deu à noite o jogo Uruguai 2 x Nigéria 1, pela Copa das Confederações. Algumas mostram poucos lances do início da repressão policial na Avenida Joana Angélica, onde a barreira da PM impediu (na altura do Colégio Central) a passagem dos manifestantes, que foram atacados com bombas de gás lacrimogêneo. Eles foram forçados a recuar para a Piedade e até o Campo Grande, houve confrontos violentos. A partir daí, já início da noite, a maioria foi se dispersando e alguns grupos partiram para o quebra-quebra.
A concentração no Campo Grande começou no início da tarde e se deslocou rumo à Fonte Nova por volta das 4 horas. As estimativas mais modestas dão conta da presença de cerca de 20 mil pessoas. Muita confusão na hora de decidir o roteiro: a maioria desceu pela Avenida Sete e na Piedade pegou a Joana Angélica. Uma parte, porém, preferiu marchar para as bandas do Politeama, descendo rumo ao Dique do Tororó, onde também foram barrados pela polícia, degenerando em repressão e violência.
Esta parte que desceu para o Dique seria formada por manifestantes mais afinados com partidos como o PT e PCdoB, pelo menos de acordo com a versão predominante entre os que preferiram dirigir-se à Joana Angélica. Estes, por seu lado, pareciam alinhar-se, em sua maioria, mais à direita, muitos identificados com uma visão anti-partidária, “fora Dilma”, “fora PT”. Dá pra notar uma confusa participação de grupos de visões políticas e ideológicas diferentes e conflitivas, indo da extrema-direita à extrema-esquerda. Talvez haja somente um traço em comum: a deficiência no quesito organização.
Manifestante atingido pelo gás |
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