Uma coisa é certa: a fama é merecida
Por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, 20/04/2013
Onde surgiram os jornais? E por quê? E como nós, jornalistas, ficamos tão malafamados?
Bem.
O crédito da inovação é geralmente concedido aos italianos de Veneza, no século XVI. O governo local decidiu publicar um jornal para manter os cidadãos a par dos acontecimentos. Era conhecido como “gazetta”, o nome de uma moeda barata veneziana. O jornal, mensal, custava uma “gazetta”. Os primeiros jornalistas eram chamados, na Itália, de “menanti”, uma derivação da palavra latina “minantis”, que significa “ameaçadores”.
A fama dos jornalistas vem de longe, como se vê.
A novidade logo se espalharia pelo mundo. No Reino Unido, o primeiro jornal apareceu na época em que o país estava sob a ameaça da Armada da Espanha, em 1588. O nome era “Mercúrio Inglês”. Como se deu em Veneza, o “Mercúrio Inglês” foi obra do governo, no caso o da rainha Elizabeth.
O interesse era inflamar os ingleses contra os espanhóis.
(...)
Isto é uma redação |
Onde surgiram os jornais? E por quê? E como nós, jornalistas, ficamos tão malafamados?
Bem.
O crédito da inovação é geralmente concedido aos italianos de Veneza, no século XVI. O governo local decidiu publicar um jornal para manter os cidadãos a par dos acontecimentos. Era conhecido como “gazetta”, o nome de uma moeda barata veneziana. O jornal, mensal, custava uma “gazetta”. Os primeiros jornalistas eram chamados, na Itália, de “menanti”, uma derivação da palavra latina “minantis”, que significa “ameaçadores”.
A fama dos jornalistas vem de longe, como se vê.
A novidade logo se espalharia pelo mundo. No Reino Unido, o primeiro jornal apareceu na época em que o país estava sob a ameaça da Armada da Espanha, em 1588. O nome era “Mercúrio Inglês”. Como se deu em Veneza, o “Mercúrio Inglês” foi obra do governo, no caso o da rainha Elizabeth.
O interesse era inflamar os ingleses contra os espanhóis.
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Uma geração à frente da de Chateaubriand, outro império de mídia foi construído com meios não exatamente elogiáveis: a Globo.
Chateaubriand achacou pela intimidação; Roberto Marinho viu na ditadura militar a chance de crescer muito além do jornal paroquial que herdara e carregara até ter mais de 60 anos.
Ofereceu apoio aos generais, e estes lhe deram televisão, financiamentos, vantagens fiscais e outras facilidades que são a base das Organizações Globo.
Como Bennett, Roberto Marinho sempre deixou claro que ele era o leitor.
Isso significa que, na prática, ele está virtualmente vivo entre nós. Cada jornalista, cada articulista da Globo está, ainda hoje, escrevendo para Roberto Marinho, representado por seus três filhos.
Não é das mais edificantes, definitivamente, a história do jornalismo – nem fora e nem, tampouco, no Brasil.
O que pode mudar uma velha história viciada de interesses privados misturados a interesses alegadamente públicos é o jornalismo digital.
É nessa hipótese que o Diário acredita.
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