Por Luana Tolentino, especial para o Viomundo
Fiquei alguns anos sem assistir televisão. Perdi o costume completamente. Até os jogos do Galo, meu time do coração, passei a acompanhar através do rádio. Um martírio, admito. Mas ainda acho bem melhor do que passar 90 minutos ouvindo as bobagens de narradores e comentaristas da tv.
Há alguns meses, precisei mudar os meus hábitos. A contragosto, porém, por uma causa nobre. Desde o ano passado, Miriam, minha irmã luta incansavelmente contra um câncer. Além da doença de ter lhe tirado a fala, ela se vê obrigada a passar os dias deitada, devido as fortes dores provocadas pelos tumores e pelas sessões de quimioterapia. Assim, a televisão torna-se uma das poucas formas de distração. Quando estou em casa, sempre procuro estar ao lado dela nesses momentos.
Na sexta-feira passada, assistíamos ao novo humorístico da Globo, O Dentista Mascarado. O programa tem como protagonista Marcelo Adnet, recém-contratado da emissora dos Marinho. Tenho certo apreço pelo rapaz. Já li algumas de suas entrevistas e gostei muito. Nunca soube que ele fosse adepto do humor fascista do CQC ou um reacionário como Rafinha Bastos.
No episódio, o personagem de Adnet namorava uma mulher considerada feia. Até então, nada demais. A questão está na maneira que os redatores encontraram para caracterizar a feiura da personagem: “de tão feia, era uma mistura de Cristina Kirchner e Evo Morales”. A frase que reproduzo aqui foi repetida à exaustão durante todo o programa.
Engraçado? Divertido? Não. Patético!
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