1º. DE MAIO BAIANO MARCADO PELA DESMOBILIZAÇÃO




Concentração da CTB e Nova Central na Liberdade (Foto Manoel Porto)
De Salvador (Bahia) – Centrais sindicais fizeram manifestações, na quarta-feira, dia primeiro, na capital baiana, para marcar o Dia Internacional dos Trabalhadores. A mobilização, porém, foi bem pequena, um aspecto marcante que vem dificultando as lutas do movimento democrático e popular no Brasil nos últimos anos.

A concentração que em anos anteriores costumava reunir o maior número de pessoas – na Praça Castro Alves, com show musical e sorteio de automóvel e outros bens, organizada de forma unificada pela Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical – foi cancelada nas vésperas do evento.

A Força Sindical publicou em seu sítio na Internet uma lacônica “nota pública” lamentando o cancelamento e atribuindo-o a “problemas estruturais”. A CTB e a Nova Central, então, improvisaram um ato na Praça Nelson Mandela (em frente ao Plano Inclinado da Liberdade, que está desativado), na tarde do dia 1º. Somente umas 300 pessoas participaram. Houve a apresentação de alguns grupos musicais e pronunciamentos de deputados e vereadores do PCdoB e de dirigentes de sindicatos e de movimentos sociais.
Palanque do ato da CUT no Terreiro de Jesus (Foto: sítio na Internet)
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) repetiu sua comemoração separada das demais. Foi no Terreiro de Jesus (Pelourinho), também com show musical – a atração principal foi a cantora baiana Mariene de Castro – e discursos de vereadores do PT e de sindicalistas.

O secretário de Planejamento do estado, José Sérgio Gabrielli, representou o governador Jaques Wagner nos dois eventos (o da CUT e o da CTB/Nova Central)    

As falas nos dois atos foram, de modo geral, de exaltação dos avanços conquistados nos governos Lula/Dilma, mas também de pregação em favor da luta para ampliar direitos e por reivindicações dos trabalhadores, como: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, reforma agrária, redução de juros, 10% do PIB para a Educação e 10% para a Saúde, etc.

A recente regulação dos direitos das empregadas domésticas e os 70 anos da velha CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foram dois assuntos sempre lembrados.

Uma central mais à esquerda

Militantes de outra central, a CSP – Conlutas (Central Sindical e Popular), que tem uma linha de oposição tanto ao governo federal como ao governo de Wagner, distribuíam um panfleto na tarde da terça-feira, dia 30, na Praça da Piedade, centro da cidade, intitulado: “1º. de Maio é dia de luta em defesa dos nossos direitos”; no verso, outro texto: “Governo Wagner enrola servidores, não repõe a inflação e paga os piores salários aos professores”.

No manifesto são alinhadas suas reivindicações, como anulação da reforma da Previdência de 2003, não à flexibilização dos direitos trabalhistas, não às privatizações dos aeroportos, estradas, portos e hospitais universitários, contra os leilões do petróleo, reforma agrária já, etc.

A CSP é afinada com a linha política do PSTU. No seu sítio na Internet são noticiadas concentrações do 1º. de maio realizadas no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

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