CORREA DENUNCIA DUPLA MORAL DOS ESTADOS UNIDOS EM DIREITOS HUMANOS


Rafael Correa:quem nomeou Washington árbitro do bem e do mau para opinar sobre direitos humanos em outros países? (Foto: Joaquín Salguero)
O avanço da democratização da comunicação no Equador é um fato, conforme comunicado do governo. Dados oficiais: em 2007 existiam 1.178 meios de comunicação privados, 86 públicos e nem um só comunitário; enquanto hoje existem 1.315 meios privados, 327 meios públicos e 20 meios comunitários.

Quito, 29 abril (Prensa Latina) - O presidente equatoriano, Rafael Coreia, criticou a dupla moral na política dos Estados Unidos e perguntou quem nomeou Washington árbitro do bem e do mau para opinar sobre direitos humanos em outros países. Em seu recente relatório à cidadania, Correa destacou que o sistema eleitoral dos Estados Unidos é absolutamente imperfeito, e tudo está construído para perpetuar o mesmo esquema bipartidário.

Como muito sintomático criticou a rejeição do Senado dos Estados Unidos em 16 de abril passado à proposta dos dois principais partidos para ampliar a verificação de antecedentes de civis na compra de armas, projeto apoiado pelo presidente Barack Obama.

Com essa resolução, disse Correa, fica demonstrado que os políticos do Senado responderam ao capital e não a seus mandantes, que apoiavam a proposta depois da comoção que causou o massacre de 20 crianças de uma escola em dezembro de 2012.

O projeto apoiado pelo mandatário estadunidense não passou na Câmera Alta por 54 votos a favor e 46 contra, quando se requeria uma maioria de 60 sobre 100. Nessa decisão, comentou, quatro democratas somaram-se aos senadores republicanos, para frear a iniciativa, ato criticado por Obama ao considerar que votaram por medo a que a Associação Nacional do Rifle suprima seu apoio financeiro a esse partido.

Estados Unidos é o maior consumidor e exportador de armas no mundo, seguido do Reino Unido, cuja principal exportação são as armas.

"Por trás disto, está o imenso poder dos fabricantes de armas", disse Correa.

Por outra parte, o chefe de Estado equatoriano declarou nesta sexta-feira que o governo vai continuar lutando contra a mentira ao se referir aos relatórios de Transparência Internacional e da Relatoria para a Liberdade de Expressão da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), o que qualificou como um "adefesio" (despropósito, disparate).
 

Rumo a uma verdadeira liberdade de expressão para todos

Equador conseguiu grandes avanços em matéria dos direitos da comunicação para uma verdadeira liberdade de imprensa, e a democratização da comunicação é um fato, afirmou o governo no domingo em um comunicado.

No ano de 2007 existiam 1.178 meios de comunicação privados, 86 públicos e nem um só comunitário; enquanto hoje existem 1.315 meios privados, 327 meios públicos e 20 meios comunitários.

A Secretaria de Comunicação do Equador comemora neste 3 de maio o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e, recalcou, soma-se à mesma no afã de conscientizar nacional e internacionalmente sobre a importância e o direito a uma verdadeira liberdade de expressão para todos.

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