VENEZUELANOS, DE NOVO, NAS RUAS DE CARACAS (fotos)

Foi na segunda-feira, dia 4, em comemoração ao 4 de fevereiro de 1992 (veja matéria logo abaixo), quando os militares venezuelanos, liderados pelo então tenente-coronel Hugo Chávez, tentaram um golpe para derrubar o então presidente neoliberal Carlos Andrés Pérez. A rebelião não logrou êxito, Chávez e companheiros foram presos, mas a partir daí nasceu como liderança política, de imenso prestígio entre o povo mais carente, com seu Movimento Bolivariano. Nas eleições de 1998 foi eleito presidente e está no poder até hoje tentando construir o socialismo. Durante esses 14 anos houve 17 eleições no país - entre presidenciais, estaduais, municipais, referendos e consultas: o chavismo perdeu apenas uma.

A tentativa de golpe militar é chamada pelos chavistas de "insurreição cívico-militar" e a data é o Dia da Dignidade Nacional.

O presidente Chávez está em Havana (Cuba) em uma longa e difícil recuperação, depois da quarta cirurgia para combater o câncer, realizada no dia 11 de dezembro. Diosdado Cabello, que é presidente da Assembleia (Congresso) Nacional e tinha chegado no domingo da capital cubana - era tenente do Exército e parceiro de Chávez na rebelião de 1992 -, disse que ele está "melhorando a cada dia".

Veja uma seleção de fotos da manifestação (pegadas na Internet em sítios de órgãos da mídia ligados ao governo venezuelano):

O vice-presidente Nicolás Maduro lê para a multidão a carta enviada por Chávez de seu leito em Cuba, onde o líder socialista lamenta por não poder estar presente, relembra muitas passagens da sua vida e defende o levante militar de 1992: “Nós saímos empunhando nossas espadas em defesa das garantias sociais, dos direitos da grande humanidade venezuelana”, diz na carta.