Denúncia de José Vicente Rangel no seu programa de domingo último, dia 10, na TV privada Televen. É um jornalista muito reconhecido no meio político venezuelano, tem também uma página semanal no Últimas Notícias, o diário privado de maior circulação no país. É declaradamente chavista, já ocupou alguns ministérios do governo Chávez, a exemplo do Ministério da Defesa, na época do golpe de Estado de abril de 2002.
Tradução de alguns trechos de sua fala no vídeo, conforme transcrição feita pelo portal Aporrea.org, em postagem de 10/02/2013, com base em matéria da Agência Venezuelana de Notícias (AVN):
Rangel assinalou que há um
setor da oposição que "acredita que os venezuelanos somos um bando de
idiotas que não raciocinam, que vivem na ignorância. Não se dão conta que
a Venezuela conta hoje com um povo maduro, que conhece e assume a
Constituição, que desenvolveu um profundo espírito democrático e
está consciente das conquistas alcançadas pelo país em participação,
em matéria social e desenvolvimento institucional durante o processo
bolivariano".
Indicou que esta situação explica "as campanhas infames internas ou
promovidas desde o exterior, mediante as quais se qualifica de
ditadura o governo de Chávez"; nas quais ainda "se fala de vazio
de poder, de cubanização da Força Armada Nacional Bolivariana
(FANB) e se avança de maneira descarada um plano que propicia o golpe
de Estado".
Rememorou os acontecimentos de abril de 2002 e sublinhou que "o
formato que esse setor concebeu e executou está de novo presente, o qual não tem nada de novo, simplesmente é o mesmo com pequenas
adaptações".
"A diferença talvez esteja em que agora essas pequenas áreas de
ultra-direita não têm a capacidade de mobilização, nem a incidência
que então tiveram na Força Armada e em setores da classe
média".
Apesar de dizer que a influência da ultra-direita diminuiu, alertou que ainda assim "são perigosos, porque são capazes de qualquer coisa, como o demonstra a linguagem que empregam e a forma ousada como
atuam".
Neste sentido, Rangel insistiu que "toda advertência destinada a
evitar surpresas é pouca", e que "o pior erro que o processo bolivariano pode cometer é deixar-se levar pela falta de prevenção".
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