PESQUISAS INDICAM QUE PRESIDENTE DO EQUADOR SERÁ REELEITO NO PRIMEIRO TURNO




Rafael Correa: alinhado na luta anti-imperialista e pelo socialismo (Foto: Internet)
De Salvador (Bahia) – O presidente do Equador, Rafael Correa, líder da chamada Revolução Cidadã e alinhado entre os mandatários da América Latina considerados mais progressistas, parece ter sua reeleição garantida – já no primeiro turno – no próximo dia 17. Ele aparece disparado em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião divulgadas desde o início da campanha eleitoral.


Em consulta feita pelo Centro de Pesquisas e Estudo Especializados (Ciees), cujo resultado foi divulgado na quarta-feira, dia 6, Correa está com 56,3% das intenções de voto, seguido do banqueiro Guillermo Lasso (20,6%) e do ex-presidente Lucio Gutierrez, com apenas 5,8% - os mais fortes entre os oito concorrentes. Números de outra pesquisa, da empresa Market, divulgados em 18 de janeiro: Correa – 49%; Lasso – 18%; e Gutiérrez – 12%. A legislação equatoriana determina que para se vencer no primeiro turno é necessário se obter 50% mais um dos votos válidos e ficar 10 pontos percentuais à frente do segundo colocado.


Cerca de 11,6 milhões estão inscritos para votar (população estimada em torno de 14 milhões). Serão escolhidos também o vice-presidente, 137 membros da Assembleia (Congresso) Nacional e os cinco representantes do país no Parlamento Andino.


Equador é membro da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) e Correa é um dos entusiastas propulsores da integração soberana da América Latina. Faz parte da recente safra de presidentes latino-americanos que vêm adotando uma linha de defesa dos recursos naturais do país para uso em benefício da população mais pobre – e também de condenação às mazelas do capitalismo e de defesa do chamado socialismo do século 21 - confrontando, portanto, a política de rapina do império dos Estados Unidos e suas empresas transnacionais.


Justamente por isso, é alvo de cerrada campanha de calúnias e manipulação de informações encetada pelos monopólios privados da mídia hegemônica da região (como a TV Globo no Brasil e o Grupo Clarín na Argentina), juntamente com seus colegas Hugo Chávez (Venezuela), Raúl Castro (Cuba), Evo Morales (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua). Em certa medida, tal campanha da chamada grande imprensa (ou velha mídia) é direcionada também contra outros governos da região, como o argentino e o brasileiro (no caso do Brasil, particularmente contra o ex-presidente Lula).


O presidente equatoriano, com seu partido Aliança País, está no poder desde 15 de janeiro de 2007 e vem tocando uma administração marcada pela inclusão social. Foi eleito em 2006 e confirmado na presidência em 2009, já sob os auspícios da nova Constituição aprovada em 2008. Vai completar 50 anos em abril próximo e é economista, com cursos de pós-graduação nos Estados Unidos e na Bélgica.


Apesar da grande popularidade, inclusive entre os povos originários (indígenas), ele vem enfrentando críticas e fortes divergências partidas da entidade mais representativa dos indígenas, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie). Há uma polêmica de, aparentemente, dificílima solução: segundo os dirigentes da Conaie, o governo de Correa prioriza os interesses das empresas mineradoras em detrimento da preservação ambiental, posição, claro, contestada pelo governo.


Dois mortos na campanha eleitoral


Na segunda-feira, dia 4, ocorreu um grave incidente durante a campanha eleitoral. Um homem, armado com faca, atacou indiscriminadamente partidários do presidente que o esperavam numa concentração na província de Esmeralda, no norte do país. Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas. A polícia prendeu o suposto responsável pela agressão, identificado como José Ulpiano Micolta Aragón. Uma televisão local registrou o momento do ataque. Veja o vídeo:




(Com informações do portal Opera Mundi e outros sítios da Internet)

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