É preciso abandonar o conforto dogmático segundo o qual tudo na economia e na sociedade já foi resolvido pelos “clássicos”, bastando a nós repetir os textos como papagaios, sem consideração das imensas transformações pelas quais o mundo passou.
Por J. Carlos de Assis, do portal Carta Maior, de 11/02/2013
Dizia Marx na “Sagrada Família” que nenhuma formação histórica pode dar
lugar a outra mais avançada se “o velho não estiver ao ponto de cair
sozinho e o novo não estiver pronto para substituí-lo”. A crise atual
aponta para um capitalismo financeirizado virtualmente falido, mas me
exaspera o fato de não ver um projeto de base social nas esquerdas que
se apresente como maduro para ocupar seu lugar. Há, sim, em algumas
correntes esquerdistas, uma espécie de confiança dogmática, filha do
marxismo bastardo, na autodestruição do capitalismo, e nenhuma proposta
consistente sobre como ocupar o espaço supostamente a ser deixado vago.
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