Rafael Correa: presidente reeleito e líder da Revolução Cidadã (Foto: AFP/Página/12) |
Quais foram os fatores do êxito eleitoral do presidente Rafael Correa e da Revolução Cidadã, no domingo passado, dia 17, no Equador? Trata-se de um amálgama de elementos: resultados exitosos e concretos na gestão do governo, um movimento político organizado e com um programa (PAÍS 2013-2017) muito bem estruturado e motivador – sob o lema de governar para aprofundar a mudança – que apresentou propostas compreensíveis para toda a cidadania na construção do socialismo do Bom Viver, uma boa estratégia de campanha sob uma sólida liderança.
Triunfou a confiança na inclusão e equidade sociais. No Equador obteve a vitória o Bom Viver, que está expresso num conjunto de facetas da vida de seus cidadãos: a alegria da educação, da saúde, da segurança social, do habitat, da mobilidade e da moradia dignos; da cultura, do tempo livre, da comunicação social, da ciência, da tecnologia e dos saberes ancestrais que nos unem. Também ganharam os direitos da natureza que estão presentes na Constituição e que nos põem frente à responsabilidade coletiva de respeitá-los, de vigiar sua preservação, porque são a fonte da nossa vida e de todos os que virão no futuro.
Conquistou uma nova vitória o modelo constitucional de direitos e justiça social. Triunfou a pátria democrática, soberana, independente, unitária, intercultural, plurinacional e laica, organizada como república e com governança descentralizada.
Agora, há um país maduro que mudou, que não vai voltar atrás e que se fortalece ainda mais pela visão regional do Sul e os processos que aí ocorrem.
A Revolução Cidadã não é um rótulo, é um processo. É um pensamento, uma concepção de sociedade nova, de democracia verdadeira, de independência dos poderes internos e externos.
É fundamental aprofundar na mudança das relações de poder. Durante o primeiro período de governo realizaram-se importantes avanços no campo institucional, econômico e social. A redução da pobreza e da desigualdade social, a ampliação dos direitos na saúde e educação, o aumento e a melhora da qualidade no emprego são alguns dos indicadores que mostram a efetivação de suas relevantes conquistas. Não o dizemos nós, assim o disse também a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Com isso, conseguimos romper o nó central das políticas implementadas durante o neoliberalismo e preparar o caminho para materializar os direitos plasmados na Constituição de Montecristi (cantão da província de Manabí onde se reuniu a Assembleia Constituinte) aprovada em consulta popular no ano de 2008. Isto representa a ruptura com o passado e a radicalização da Revolução Cidadã. Agora caminhamos rumo ao ansiado socialismo do Bom Viver.
O Equador não vai voltar atrás e se fortalece pela visão regional do Sul e os processos que aí ocorrem.
Tradução: Jadson Oliveira
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