BANCÁRIOS: FOTO E FRASE EMBLEMÁTICAS DA PELEGAGEM NA DITADURA MILITAR




De Salvador (Bahia) – Uma das posses de Eraldo de Amorim Paim na presidência do Sindicato dos Bancários da Bahia (ele foi eleito em 1975 e reeleito em 1978). Da dir. para a esq.: Paim, Carlos Coqueijo Costa, presidente do TRT-BA, coronel do Exército Bião Cerqueira, e José de Oliveira Torres, ex-presidente do sindicato e então presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (depois juiz classista).

A imagem é bem emblemática da pelegagem da época, como atesta o retratão do general Garrastazu Médici, o terceiro dos cinco ditadores de plantão (de 1964 a 1985). Emprestava, para vergonha dos trabalhadores, o nome do auditório do sindicato, mudado depois para Auditório Mutti de Carvalho, o fundador da entidade em 1933. A foto está na página 287 do livro de Euclides Fagundes Neves, atual presidente do sindicato: Bancos, Bancários e Movimento Sindical (2ª. Edição – revisada e atualizada).

Agora a frase: “O sindicato continua nas nossas mãos”, disse Eraldo Paim, abraçando José Tores, quando o procurador regional do Trabalho anunciou o resultado oficial das eleições sindicais no dia 18 de julho de 1975, conforme relata Euclides Fagundes no mesmo livro (página 286).

Dava-se aí a derrota da chamada Chapa Verde, da oposição sindical bancária, fruto do movimento de ativistas entre o período de 1972 a 1975. É o registro desses quatro anos de luta que começo a contar neste meu blog a partir da próxima quarta-feira, dia 6, na minha condição de um dos militantes da época e sob minha inteira responsabilidade.Uma pequenina parte da luta de muitos e valorosos companheiros que resultou na derrubada dos pelegos em 1981.

Com o relato (dividido em três partes), eu me junto às comemorações que vêm sendo feitas pela direção do sindicato baiano para marcar os 80 anos da entidade (1933-2013), cujo evento maior será no próximo dia 22, a partir das 19 horas, no Bahia Café Hall - Avenida Luis Viana Filho, s/n - Paralela.

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