Nesta quarta-feira, dia 23 de janeiro, os venezuelanos voltam às ruas em todo o país para festejar a significativa data, do ano de 1958, quando o movimento democrático e popular derrubou a última ditadura militar do país - os 10 anos de tirania do general Marcos Pérez Jiménez. Caracas mais uma vez deverá ter suas ruas centrais ocupadas pelas massas bolivarianas (ou chavistas, a chamada “maré vermelha”), que marcharão para se concentrar em “23 de Enero” (23 de Janeiro), imenso bairro popular da capital venezuelana marcado pelo fervor revolucionário, cujo nome, óbvio, é uma homenagem à derrubada da ditadura.
Vão reafirmar a força da Revolução Bolivariana, que enfrenta um momento especialmente delicado, já que seu líder – o presidente Hugo Chávez – está há mais de 40 dias num leito de hospital em Havana (Cuba), buscando recuperar-se da quarta cirurgia depois de atacado por um câncer detectado há mais de um ano e meio.
Será uma demonstração de força pela democracia popular, pelo Poder Popular (como eles chamam assim com “P” grande) em busca da construção do socialismo. (A oposição, apoiada nos meios privados de comunicação, também convocou manifestação para este dia 23, mas sem a amplitude imprimida pelos chavistas). Neste contexto, o movimento de rádios e TVs comunitárias, fortíssimo na Venezuela, será, como vem sendo nos últimos anos, um dos protagonistas da mobilização. O título e a foto acima são de sua convocação.
Conforme seus termos, publicados no portal Aporrea.org, um dos bastiões entre os meios de comunicação revolucionários, “o Conselho Nacional de Participação e Planejamento da Comunicação Popular, integrado por diferentes meios de comunicação comunitários livres e alternativos, em conjunto com outros coletivos e movimentos sociais, essência do “Poder Popular”, tomará as principais praças de cada estado, nos dias 22 e 23 de janeiro, numa atividade de “Radio Maratón” denominada: “NUESTRAS VOCES COMO ALIENTO DE VIDA Y EN DEFENSA DE LA REVOLUCIÓN”, com o objetivo de ratificar ante o glorioso povo venezuelano e a comunidade internacional, a irreversível determinação do processo Bolivariano e do Chavismo como ideologia insurgente e indestrutível, que aposta na vida para sempre, como cenário de combate e consolidação dos propósitos do Comandante: “UNIDAD, BATALLA Y VICTORIA”, unificando a representação popular para enviar ao Camarada Comandante Presidente HUGO CHÁVEZ FRIAS uma mensagem que o encha de força e energia, deixando evidente que seu povo se mantém em pé de guerra contra os inimigos da pátria e da vida”.
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