Por Altamiro Borges, do Blog do Miro, de 07/01/2013
Em seu blog hoje, ele afirma que “tem golpe em marcha na
Venezuela”. Noblat garante que Hugo Chávez já era! “São aparelhos que ainda o
mantém vivo. A hipótese de sua recuperação é remota. Só cogitam dela os que
acreditam em milagres”, afirma o colunista, talvez com base em informes do
serviço secreto dos EUA. Metido a constitucionalista desde o julgamento do “mensalão
petista”, Noblat prega, então, que sejam convocadas novas eleições
presidenciais no país vizinho. “É o que manda a Constituição”, esbraveja.
A mídia colonizada torceu pela morte de Hugo Chávez antes
das eleições presidenciais de outubro passado. Frustrada, ela apostou na
vitória do ricaço Henrique Capriles, mas também se deu mal. Na
sequência, ela previu que o chavismo seria derrotado nas eleições locais
de dezembro, mas os
partidários da “revolução bolivariana” venceram em 20 dos 23 estados.
Agora,
ela volta a torcer pela morte de Chávez, que se trata de um câncer em
Cuba. Um
dos mais histéricos neste coro macabro é Ricardo Noblat, do jornal O
Globo.
A Constituição da Venezuela, uma das mais democráticas do
mundo – que prevê até referendo revogatório do mandato presidencial –, afirma
que na “impossibilidade” de posse do mandatário, novas eleições deverão ser
convocadas num prazo de 30 dias pelo Congresso Nacional. Os
chavistas informam que o líder bolivariano está em recuperação e que nada
impede que a sua posse seja adiada por alguns dias. A própria oposição
direitista já admite o adiamento. Noblat, porém, não concorda. É mais realista
do que o rei.
Para o serviçal da família Marinho, Chávez é um “presidente
que governa como ditador” e um “ditador que governa como presidente”. Daí sua
torcida macabra. “Chávez estaria destinado a se eternizar na presidência se não
fosse o câncer descoberto em meados do ano passado”. Por isto ele exige que
a posse deve ocorrer na próxima quinta-feira, dia 10. Caso contrário, garante,
estará em marcha “um golpe na Venezuela”, que “nada tem a ver com a oposição.
Que é fraca, fraquinha, e sem imaginação. Como a nossa”.
A “revolução bolivariana” já enfrentou e derrotou vários “golpes
midiáticos” – como o de abril de 2002 e o locaute patronal de 2003. Hugo
Chávez
foi eleito e reeleito com consagradoras votações. Mesmo assim, Ricardo
Noblat e
outros “calunistas” amestrados da mídia colonizada insistem em chamá-lo
de “ditador” e “caudilho”. Agora, o serviçal da famiglia Marinho acusa
os
chavistas de golpistas. Haja “imaginação”. Na falta de votos para as
suas teses
elitistas, a mídia golpista torce pelo câncer.
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