De Salvador (Bahia) – É quase incrível, mas é verdade: o
grande triunfo obtido pelo chavismo nas eleições do último domingo, dia 16, elegendo
20 dos 23 governadores dos estados (ver matéria postada no dia 17), é ainda
mais amplo em se tratando do que eles chamam Conselhos Legislativos (equivalem às
nossas Assembleias Legislativas estaduais): o Partido Socialista Unido da
Venezuela/PSUV e os partidos aliados (como o Partido Comunista da
Venezuela/PCV) fizeram maioria em 22 dos 23 legislativos. Dos 237 deputados
estaduais, como chamaríamos aqui, o placar geral ficou em 186 a 51.
A oposição
logrou uma maioria apertada apenas em Amazonas, no sudeste do país - 4 a 3 – um
dos três estados onde elegeu o governador (Como o nome indica, fica na região
amazônica, formando longa fronteira com o Brasil e a Colômbia). Nos outros
dois, cujos governos foram mantidos nas mãos da direita, as Assembleias
Legislativas passarão a ser comandadas pelos chavistas: Lara e Miranda, este
último onde foi reeleito Henrique Capriles, candidato derrotado por Hugo Chávez
no pleito presidencial de 7 de outubro, que agora vai governar com minoria no
parlamento – 8 a 7.
Para se ter
uma ideia da força do vendaval chavista, que na nossa mídia hegemônica é sempre
questionada e minimizada: em Zulia, o estado mais rico e mais populoso (a
grosso modo, seria nosso São Paulo), que era governado (o eleito Francisco Arias Cárdenas toma posse na tarde de hoje, quinta, dia 20) pela oposição desde o ano 2000, os socialistas elegeram o governador e
fizeram uma maioria no legislativo de 12 a 3. Em sete dos estados a direita não
elegeu um único legislador e em três elegeu somente um representante.
(Informações baseadas no portal
venezuelano Aporrea.org)
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