“O papel do Clarín é o de uma base militar, de ofensiva contra o governo para desestabilizar, triturar Cristina Kirchner”, denunciou o filósofo Fernando Buen Abad Domínguez (foto), defendendo a Ley de Medios como uma vanguarda no continente e que abre aos demais países a possibilidade de “refletir sobre o combate contra o flagelo que representam os monopólios midiáticos”.
Por Vanessa Silva e Leonardo Wexell Severo - ComunicaSul
Buenos Aires - Segundo o mexicano, diretor de arte e colunista de
diversos jornais da América Latina, a lei argentina teve como base para
sua formulação um dos maiores marcos na discussão mundial sobre a
democratização da comunicação, o Informe Sean Mac Bride – Um Só Mundo Múltiplas Vozes,
publicado pela Unesco em 1980. De acordo com o documento, “um dos
defeitos mais extensos da comunicação é a ausência da participação do
público na administração e tomada de decisões”.
Passadas três décadas, o avanço dos grandes conglomerados de mídia aprofundou ainda mais este fosso, fazendo com que governos e movimentos populares coincidam – e se empenhem - na construção de novos marcos regulatórios que democratizem a comunicação.
Nesta entrevista, Buen Abad, que também integra a Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e vive na Argentina onde é reitor-fundador da Universidade de la Filosofía, com enfoque na filosofia da Comunicação, analisa os desdobramentos da Ley de Medios argentina para o conjunto do continente.
Passadas três décadas, o avanço dos grandes conglomerados de mídia aprofundou ainda mais este fosso, fazendo com que governos e movimentos populares coincidam – e se empenhem - na construção de novos marcos regulatórios que democratizem a comunicação.
Nesta entrevista, Buen Abad, que também integra a Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e vive na Argentina onde é reitor-fundador da Universidade de la Filosofía, com enfoque na filosofia da Comunicação, analisa os desdobramentos da Ley de Medios argentina para o conjunto do continente.
(...)
"Uma política de integração em matéria comunicacional nos permitirá
corrigir um erro grave, que é uma debilidade perigosa. Estamos pensando
que os conflitos tecnológicos são problemas de alguns países isolados.
Alguns pensam que as agressões contra a Cristina são uma sabotagem
nacional; que as agressões contra Dilma [Rousseff] são ressentimento de O
Globo com a presidenta; que as incessantes agressões contra Cuba são
problema dos cubanos contra os ianques. E isso me parece ser um erro
enorme porque é um problema continental e, à medida que se considera uma
questão local, favorece a substituição que a direita vem fazendo de
suas forças políticas por suas forças midiáticas. A política de
integração é um grande remédio para sincronizar forças, fazer frente à
agressão midiática e desenvolver uma política emancipadora".
Comentários