Alisliy, com a sugestiva canção "Soy Cubana" |
Parte da plateia na abertura com o "Model Show" |
De Havana (Cuba) – “Soy cubana”, numa bela apresentação
de Alisliy, poderia justificar a mudança do título para “tarde cubana”, mas
houve também um pouco da música brasileira e mexicana. Então, fica como está.
Foi na tarde do sábado, dia 17, no “Taller” (Centro Comunitário) de
Transformação Integral do Bairro de Príncipe, na capital cubana (município
Plaza de la Revolución, perto de Centro Havana e Vedado).
Pena que
alterações na data do show acabaram prejudicando o número da assistência,
porque a qualidade dos artistas requeria um público maior. Pena ainda a
ausência de um grupo de turistas paulistas, conforme estava previsto, devido a
atraso de voo. Mas não faltaram animação e brilho dos (e das) “cantantes” e
participação da plateia, como os leitores podem conferir na sequência de fotos
abaixo. A coordenação geral estava com o sociólogo Armando Garcia Ramos, um dos
dirigentes do “taller”, ex-delegado provincial de Cidade Havana (equivalente a
deputado estadual na estrutura política brasileira).
Estava lá também
Ramón Orlando Venegas Coto, o popular Mongui, muito conhecido entre os
estudantes brasileiros em Cuba, uma espécie de embaixador informal. Ele é o
idealizador do “Rincón” Brasil Cuba – Memorial Hélio Dutra, um sonho ainda em
processo de realização: um espaço de intercâmbio entre os dois povos inserido
no Centro Comunitário de Príncipe. (Este blog já publicou matéria sobre o tema;
quem quiser ler ou reler, clique: “Rincón del Brasil en Cuba: cultura esolidariedade”).
O
“taller” – palavra que pode ser traduzida como “oficina” – é a busca de uma
participação criativa em Príncipe, como ocorre hoje em duas dezenas dos 108
bairros da capital “habanera” (de La Habana), a cidade mais populosa do país:
tem cerca de 3 milhões de habitantes, distribuídos em 15 municípios (a
população cubana é estimada atualmente em torno de 12 milhões), conforme
informações de Armando.
Os
moradores do bairro participam do centro para múltiplas atividades: além do
“Rincão” Brasil Cuba, há o Centro Experimental da Música Popular Cubana, um
grupo dos Alcoólicos Anônimos (AA), espaço para manifestações artísticas (além
da música, dança, pintura, moda), na área social (saúde, educação e cultura),
esportiva (dominó, xadrez, a brasileira capoeira, artes marciais). E também um
trabalho de melhoramentos na parte física do bairro, como conserto de passeios,
de casas e cuidados para o saneamento e meio ambiente. Um pouco de tudo com
espírito voluntário e solidário.
Logo
na abertura, ao som de “Chapeando”, com a orquestra Van-Van, entraram as
componentes do Model Show, com a música “Oda a Ochún” (Ode a Oxum), de autoria
de Armando Garcia Ramos (diretora “de calle” Rosa Fabré), seguindo-se os (e as)
“cantantes” (cantores e cantoras):
Dora Beltran cantou “Siempre en mi
corazón”, também de autoria de Armando Garcia.
O
blog fica devendo a identificação desta dupla
Delso
Rodríguez apresentou o “tema” (como dizem por aqui) “En el balcón aquel”, de
José Tejedor.
Tania
cantando e bailando a sensual “Bemba Colorá”, canção de Celia Cruz.
A
famosa canção brasileira (grande sucesso de Tom Jobim e Vinicius de Moraes) “Garota
de Ipanema” (no espanhol “La Chica de Ipanema”) foi apresentada por Ornedo.
Luis
Ernesto, que também atuou como engenheiro de som, cantou “Adonde vás”, de Lione
Torres.
“Herencia
de mi son”, de autoria de Leo Brito, foi apresentada por Nilde Monterrey.
A
performance de Alex Alex, com “Milagroso San Lázaro”, de Adalberto Álvarez.
O
show continuou com Maria Julia, interpretando o grande sucesso mexicano “Vereda
Tropical”.
Em
seguida veio Albert Rechard dublando “Montón de Estrellas”, de Polo Montañe.
E,
fechando as apresentações, a sugestiva “Soy Cubana” (de José Ramón Sánchez) na
voz e bailado de Alisliy.
Ao
final, artistas e palteia bailaram ao som de “Conga Habanera”, de Armando
Garcia.
O
simpático Adolfo Mateo, além de diretor artístico, foi o apresentador do show.
Tudo
sob a direção geral de Armando Garcia Ramos, da coordenação do “taller” (ao fundo, Luis Ernesto atuando como engenheiro de som).
Mongui
(ao lado do japonês Takeshi Nishiyama e do quintanista de Medicina brasileiro
Diego da Silva), o mentor do Rincón Brasil/Cuba, que tem espaço no “taller”; na
terceira foto um painel com o patrono do Rincón/Memorial Hélio Dutra (na foto
em primeiro plano ele aparece de gravata clara).
Centro
Experimental da Música Popular Cubana de Príncipe, uma das várias atividades do
“taller”.
E
algumas imagens da plateia que incentivou os artistas com repetidos aplausos:
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