De Prensa Latina, de 12/11/2012
Havana - O mercado editorial dos Estados Unidos está fechado
para os autores cubanos que residem na ilha e as publicações feitas na
mesma, denunciou nesta capital o Ministério de Cultura da nação
caribenha.
O vazio pela falta de informação das instituições estadunidenses sobre o
processo literário cubano é ocupado por autores emigrados que escrevem
contra a Revolução e os apresentam como "literatura cubana", o que
constitui uma manobra política, assegura um relatório sobre os
principais problemas causado pelo bloqueio dos Estados Unidos ao setor
cultural. Na edição 25 da Feira Internacional do Livro de Guadalajara
2011, no México, os organizadores advertiram bibliotecários, livreiros e
distribuidores estadunidenses presentes no evento, que se abstivessem
de adquirir livros de qualquer tipo produzidos em Cuba, pois o Governo
dessa nação sancionava tais compras, expõe o documento.
Essa
proibição é extensiva também à venda de editoras e comercializadores
estadunidenses, que não podem assinar contratos ou receber pagamentos de
instituições cubanas.
Revistas e outras publicações periódicas
também fecharam seu fluxo em ambas direções, e a mais recente medida foi
contra o maior distribuidor estadunidense destes artigos, EBSCO
Subscription Services, que ficou impossibilitado, desde dezembro de
2006, de efetuar ou receber pagamentos de Cuba, ou através de terceiros,
tendo assim que cancelar todos pedidos.
A partir dessa data, as
universidades e instituições dos Estados Unidos não recebem tais
serviços, apesar de que já eram rigorosos antes no cumprimento de
medidas restritivas que lhe impediam de fazer distribuições massivas, as
publicações cubanas eram para as bibliotecas.
Gestões especiais
permitiram que representantes cubanos assistissem à Feira do Livro de
Porto Rico em 2011, onde com grande sucesso se apresentaram títulos da
Edições Cubanas, mas apesar disso o bloqueio motivou o cancelamento de
contratos com alguns clientes desse território colonial, como Forsa
Editores e a Universidade de Porto Rico.
O relatório enfatiza o
recrudecimento das medidas durante os últimos anos, e usa como exemplo o
fato de que nos intercâmbios culturais e comerciais, as contratações
excepcionalmente autorizadas se reduziram em mais do 85% com respeito a
2001.
De acordo com autoridades cubanas, o prejuízo econômico
causado ao povo de Cuba pela aplicação do bloqueio econômico, comercial e
financeiro dos Estados Unidos, até dezembro de 2011, considerando a
depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional,
ascende a 1,66 trilhões de dólares. |
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