Por
Atilio Boron, de 09/11/2012
Apenas metade da população maior de 18 anos (distante do
recorde da eleição de John F. Kennedy, em 1960: 62,8%) foi às urnas na terça
para votar e enfrentar um cruel dilema: eleger quem? Deixando de lado a
retórica de ambos os candidatos e as inverossímeis promessas reiteradas por
seus comandos de campanha, a eleição era entre o ‘ruim’ e o ‘pior ainda’.
O ‘ruim’ porque, como demonstram implacavelmente as
estatísticas oficiais, a situação dos assalariados que constituem a vasta
maioria da população dos Estados Unidos não só não melhorou como, comparando
com seus concidadãos mais ricos, piorou sensivelmente.
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Feita a revolução, os EUA continuaram negociando normalmente com Cuba, tanto que em 1960/1961 eles pagavam, inclusive, um preço acima do mercado para o açúcar cubano.
O embargo econômico foi, na verdade, implorado por Che Guevara (quando ministro da economia como várias medidas no sentido de afastar os EUA do país), como forma de intensificar a sua ideologia e ter sempre o mesmo bode expiatório do "imperialismo" para culpar pela borradas que ele fez.
Um caso clássico que representa a consequência maléfica desse modelo econômico adotado por Che foi a fábrica de sapatos de Havana. Os sapatos eram tão ruins que chegou ao ponto de Che ir a fábrica e perguntar por que as solas recorrentemente descolavam. Recebeu a resposta de que a cola vinda da URSS era horrível em comparação à americana (que ele vedou a compra). Prendeu o ousado funcionário e mandou os demais “darem um jeito”. Meses depois a fábrica fechou.
Fidel, até os dias de hoje, se vale da estratégia de Guevara e culpa o embargo pela lastimável situação econômica de sua ilha, culpa exclusiva de seu regime ineficiente e obsoleto. Lamentavelmente, algumas pessoas acreditam nessa conversa mole.
Outro dado relevante que merece registro é o fato de que até 1958 apenas 5% do PIB cubano era diretamente vinculado aos EUA. Ou seja, culpar o embargo, além de ser cair na conversa de Fidel, é desconsiderar estatísticas contrárias.
Além disso, outros diversos países, inclusive o Brasil, negociam com Cuba.