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MÉLENCHON: “A ESQUERDA PRECISA CONSTRUIR A INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE”
Do portal Carta Maior, com o título “Mélenchon e Tarso Genro conversam sobre crise e desafios
da esquerda” (o título acima é deste blog).
Em encontro em Paris, Jean-Luc Mélenchon,
candidato da Frente de Esquerda nas últimas eleições presidenciais francesas,
debateu com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, as experiências
atuais de governos de esquerda no mundo, os reflexos da crise econômica na
Europa e alternativas para superá-la. "Frente à internacional da
austeridade e da finança, a esquerda precisa construir a internacional da
solidariedade e da partilha", disse Mélenchon.
(...)
“- Mira Tarso”, retomava Mélenchon a cada
novo tema que se apresentava, refletindo sobre distintos movimentos como a
Revolução Francesa, a experiência bolivariana na Venezuela, as gestões no
Equador e na Bolívia, os desafios da atualização socialista em Cuba, entre
outras análises. Mas não há qualquer modelo atual cobiçado por ele como
realmente de esquerda. Esse é justamente o desafio deste diálogo.
Para Mélenchon, os governos atuais são no máximo desenvolvimentistas,
aumentando a capacidade de consumo de um maior número de pessoas privadas do
acesso a um conjunto de bens pela concentração do capital. Porém, ele reflete
que parte dessas massas que ascenderam socialmente foram cooptadas pelo projeto
social-democrata, que ampliou o consumo de bens e serviços aquietando e
acomodando em boa parte desejos mais profundos de mudanças mais radicais de
modelo e sociedade.
Com 61 anos, gestual firme ao mesmo tempo fraterno e convincente, Melénchon
fala do consumismo excessivo, da ditadura da moda que força pessoas a
vestirem-se de forma padronizada, alimentação pouco saudável e engordante e vida
apressada, práticas cotidianas massificadas e distantes de um processo
consciente mais ecológico de transformação social para a construção do “homem
novo” e de um processo político civilizatório onde o bem-estar do homem de
forma integral seja a meta.
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