Por Basem Tajeldine (foto), engenheiro, analista
internacional e jornalista da Rádio Sul (traduzido do portal venezuelano Aporrea.org, de 20/10/2012)
Não tem sido fácil para a Revolução Bolivariana resistir
ao feroz bombardeio que a reação lhe dirige durante mais de 14 anos. Tem sido uma
verdadeira guerra de 4ª. geração que não economizou recursos de todo tipo para
lograr seu objetivo; uma guerra que atropela a ética e manipula a verdade para
destruir a liderança e a confiança do povo no Presidente Chávez. Mas devemos
ser mais justos. Se se trata de reconhecer o mérito, a quem verdadeiramente deveríamos
premiar pela vitória perfeita e reeleição de Chávez em 7 de outubro é ao povo da
Venezuela. Comecemos por reconhecer que foi precisamente ele, nosso povo, o
grande vitorioso e quem tem resistido à grande investida de desinformação desferida
pela canalha, posto que não se deixou confundir e manipular pela direita
venezuelana. Se bem é certo que o carisma e a liderança do camarada Chávez fazem
sua parte, não é menos certo que nosso povo deixou de ser ingênuo há muito
tempo, hoje reconhece melhor seu inimigo de classe e compreende tudo o que está
em jogo no país. É precisamente aí onde reside o maior dos méritos de Chávez:
ser mais que Presidente, um mestre para seu povo. A politização do povo é a maior
conquista da revolução e, ao mesmo tempo, o maior pecado para a reação. Os
venezuelanos já não são os mesmos de 14 anos atrás.
No último 7 de outubro de 2012 o povo venezuelano junto com o Presidente Chávez conseguiu derrotar toda uma coalizão internacional muito poderosa, que não economizou recursos econômicos e tecnológicos para tentar evitar o triunfo eleitoral de Chávez. A vitória foi inquestionável. Os representantes da direita o reconheceram. No entanto, a diferença de 11% de vantagem frente ao candidato da burguesia, ainda que importante para alguns, não foi a esperada para muitos. Nada pode justificar que em 14 anos de revolução, e diante da crise estrutural do capital que golpeia com força no centro capitalista mundial, a direita consiga mobilizar um importante setor da população, fundamentalmente a Classe Média venezuelana, contra a razão e seus próprios interesses de classe.
Ainda que a guerra midiática goebbeliana (do nazista Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler) da direita tenha conseguido confundir muitos e despertar sentimentos fascistas na maioria deles, também devemos reconhecer que existem grandes problemas dentro do Estado e do partido da revolução que facilitam para a canalha burguesia seu trabalho de manipulação: o peso do Estado burguês herdado, a falta de continuidade das novas obras do Estado, os burocratas degenerados e o desgaste político de ministros, governadores e prefeitos.
(Continuará...)
No último 7 de outubro de 2012 o povo venezuelano junto com o Presidente Chávez conseguiu derrotar toda uma coalizão internacional muito poderosa, que não economizou recursos econômicos e tecnológicos para tentar evitar o triunfo eleitoral de Chávez. A vitória foi inquestionável. Os representantes da direita o reconheceram. No entanto, a diferença de 11% de vantagem frente ao candidato da burguesia, ainda que importante para alguns, não foi a esperada para muitos. Nada pode justificar que em 14 anos de revolução, e diante da crise estrutural do capital que golpeia com força no centro capitalista mundial, a direita consiga mobilizar um importante setor da população, fundamentalmente a Classe Média venezuelana, contra a razão e seus próprios interesses de classe.
Ainda que a guerra midiática goebbeliana (do nazista Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler) da direita tenha conseguido confundir muitos e despertar sentimentos fascistas na maioria deles, também devemos reconhecer que existem grandes problemas dentro do Estado e do partido da revolução que facilitam para a canalha burguesia seu trabalho de manipulação: o peso do Estado burguês herdado, a falta de continuidade das novas obras do Estado, os burocratas degenerados e o desgaste político de ministros, governadores e prefeitos.
(Continuará...)
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