Via Folha de São Paulo por ALBERTO PEREIRA JR.
(Reproduzido do Ananindeua Debates, blog de Rui "Baiano" Santana, postagem de 17/10/2012)
José de Abreu, 66, acompanha com a mesma intensidade o desfecho de
"Avenida Brasil" e a conclusão do julgamento do mensalão no STF (Supremo
Tribunal Federal).
No caso do folhetim da Globo, que termina na sexta-feira, a morte de seu
personagem, Nilo, que começaria a ser exibida no capítulo de terça
(16), não o elimina da lista de suspeitos do assassinato de Max
(Marcello Novaes), seu próprio filho.
Em conversa com o jornal Folha de S.Paulo, o ator fala da novela e de política.
(...)
"Estou bastante feliz com o Nilo, é sem dúvida um dos meus melhores
personagens e sabia que iria ouvir as piadinhas da direita. Até coloquei
no meu perfil do Twitter 'piadinhas sobre o Nilo e o Zé de Abreu é
muito fácil de fazer". Recentemente, um cara escreveu: 'revelada a
verdadeira personalidade de Zé de Abreu: um lixão'". Eles me atacam
demais. Eu me envolvo. Não é sempre que você está a fim de ser xingado."
(...)
JOSÉ DIRCEU E A DITADURA
"Conheci o Dirceu quando entrei na faculdade [no curso de Direito da
PUC-SP], na década de 1960. Eu entrei na faculdade já no pau, tem uma
piadinha que eu faço, que quem não era de esquerda não comia ninguém.
Porque ser de direita naquela época era ou ser extremamente mau-caráter
ou alienado. Alienado era bobão, não sabia nem que existia a ditadura.
Eu fui um dos representantes da faculdade na UNE [União Nacional dos
Estudantes]. Foi nessa época que eu fiquei mais próximo do Dirceu."
"Não fui torturado durante a ditadura. Fui preso junto com o Zé Dirceu
em Ibiúna, no congresso da UNE, em 1968. Eu fiquei preso uns dois meses,
levei uns tapas na cabeça, quando ia para o Dops [Departamento de Ordem
Política e Social] prestar depoimento."
(...)
"O PSDB está acabando, o DEM acabou, o partido do Kassab [PSD] conseguiu
algumas coisas, mas ele tomou o partido e agora está perdendo força.
Kassab quis ser o Lula. Se o Haddad fizer um bom governo, se for eleito
prefeito e ficar quatro, depois mais quatro, pode ser um candidato em
2018. Daqui a seis anos o Lula ainda tem idade para tentar a
presidência, mas se eu fosse ele, ia ser governador de São Paulo, só
para acabar com a brincadeira [do PSDB]. Aí ficava Lula, Dilma e Haddad.
São Paulo ia ser capital do mundo."
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