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Fazia tempo que eu não presenciava na capital paulista uma
manifestação tão generosa, criativa e carregada de energia. Um ato com tantas
tribos, expressão maior da unidade na diversidade. Um protesto com tantos
jovens, o que relativiza o dogma sobre o ceticismo político da juventude. A
manifestação “Existe Amor em São Paulo”, que lotou a Praça Roosevelt, no centro
da cidade, merece ser valorizada e estudada. Segundo os seus organizadores, ela
reuniu cerca de 30 mil pessoas durante toda a tarde deste domingo (21). (Clique para ler no Blog do Miro)
Comentários
Acho que um primeiro argumento que pode refutar essa alegação é a figura do FHC. Eu não consigo crer que alguém em sã consciência não veja o seu governo como um marco histórico o melhor da era democrática. Foram muitos os ganhos institucionais e econômicos que permitiram o país entrar nos trilhos. O mais importante de todos, para ricos e pobres, a estabilização da moeda. Essa questão atravancou o país por anos, e foi resolvida. O fim da “inflação” (coloquei entre aspas porque não estou me referindo ao termo em sua definição econômica, e sim a mais usual de aumento de preços), foi algo que, seguramente, trouxe muito mais benefícios do que o bolsa família, por exemplo.
Isso não foi dito no texto, mas privatizar é um bem que se faz ao Brasil. Veja a Petrobras, sob o pretexto de “o petróleo é nosso”, falar na possibilidade de torna-la privada é quase um sacrilégio, vem logo aquele discurso infundado de que os americanos vão mandar na gente. Mas ninguém se lembra que essa empresa é utilizada como palanque político, principalmente pelo Lula, é um antro de corrupção, tem bilhões e bilhões de dólares nossos (injetados via BNDES) para bancar a festa de uma empresa que, na prática, não nós dá nada em troca e, ano após ano, é desvalorizada na bolsa de valores – muito por conta do medo externo dessa politicagem que a domina. Em 2007 a ação valia mais de R$ 40,00, ou está em R$ 20,00 e poucos.
Quanto ao preconceito atribuído ao Serra, não o vejo dessa forma. Uma coisa é respeitar a escolha sexual de Fulano ou Beltrano, outra, bem diferente, é fazer com que homossexuais sejam tidos como uma classe e, por conta disso, terem uma agenda política própria – com dinheiro do nosso bolso – impondo aos demais medidas protecionista etc. Isso não concordo, para fins de direitos, não existe gay, negro, índio, branco, existe o homem, que abrange todos.