De Caracas (Venezuela) - A frase do título aí acima não é neutra: é claramente chavista. É o mesmo que dizer: chegou a hora de levantar e votar cedinho no presidente Hugo Chávez Frías, cumprindo a convocação feita pelo comandante. A cidade amanheceu neste domingo, dia 7, dia da eleição presidencial (o principal opositor é Henrique Capriles Radonski), ao som do toque da alvorada (aqui chamado "toque de diana"), músicas patrióticas e fogos de artifício. Presumo que o chamado da corneta seja uma influência dos militares da Era Chávez, porque me informaram que antes dele não havia isso.
As fotos da alvorada que ilustram esta nota (e a frase do título também) foram tomadas da AVN/a estatal Agência Venezuelana de Notícias. Foram tiradas, conforme o texto, às 3 horas da manhã no populoso bairro de 23 de Enero (Janeiro), "paróquia" (como é chamado aqui) da capital venezuelana famosa pela resistência popular e agora reduto do chavismo.
A votação já começou desde cedo e até agora - 9:45 horas locais, 11:15 no Brasil -, parece que tudo está indo bem nos quase 14 mil centros de votação do país. São 18,9 milhões de eleitores inscritos numa população estimada em quase 29 milhões. Há cerca de 3,5 mil "observadores nacionais" e uma delegação de 40 pessoas na categoria de "acompanhantes internacionais", representando a União das Nações Sul-americanas (Unasul). A lisura do sistema de votação é avalisada pelo conceituado Centro Carter, fundado pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter. A imprensa fala de 10 mil jornalistas de inúmeros países credenciados para a cobertura, representando mais de mil órgãos de mídia.
A maior expectativa, claro, está no anúncio dos resultados à noite: as últimas pesquisas divulgadas (legalmente, somente até o dia 30/setembro) davam uma vantagem a Chávez de, no mínimo, 10 pontos percentuais, o que representa uma redução, pois no início da campanha a diferença situava-se em, no mínimo, 15 pontos.
De qualquer forma, perdura o clima de que "alguma coisa" pode acontecer fora do roteiro oficial, devido às denúncias de ameaças de desestabilização, especialmente porque o comando da campanha de Capriles não diz claramente que respeitará os resultados da votação e os chavistas insistem no risco da existência de um "plano B", o que é sinônimo de de-ses-ta-bi-li-za-ção. A direita conta com o apoio poderoso das corporações da mídia hegemônica, que dança conforme a música da CIA, agência de inteligência do império dos Estados Unidos.
O governo anunciou há pouco que está tudo tranquilo em todo o país e os órgãos de segurança garantem que rechaçarão à altura qualquer ato de violência: 139 mil militares estão de serviço; as fronteiras estão fechadas; os portes de armas suspensos; a venda de bebida alcoólica proibida; e Chávez conclamou o povo a votar e permanecer nas ruas, em alerta.
As fotos da alvorada que ilustram esta nota (e a frase do título também) foram tomadas da AVN/a estatal Agência Venezuelana de Notícias. Foram tiradas, conforme o texto, às 3 horas da manhã no populoso bairro de 23 de Enero (Janeiro), "paróquia" (como é chamado aqui) da capital venezuelana famosa pela resistência popular e agora reduto do chavismo.
A votação já começou desde cedo e até agora - 9:45 horas locais, 11:15 no Brasil -, parece que tudo está indo bem nos quase 14 mil centros de votação do país. São 18,9 milhões de eleitores inscritos numa população estimada em quase 29 milhões. Há cerca de 3,5 mil "observadores nacionais" e uma delegação de 40 pessoas na categoria de "acompanhantes internacionais", representando a União das Nações Sul-americanas (Unasul). A lisura do sistema de votação é avalisada pelo conceituado Centro Carter, fundado pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter. A imprensa fala de 10 mil jornalistas de inúmeros países credenciados para a cobertura, representando mais de mil órgãos de mídia.
A maior expectativa, claro, está no anúncio dos resultados à noite: as últimas pesquisas divulgadas (legalmente, somente até o dia 30/setembro) davam uma vantagem a Chávez de, no mínimo, 10 pontos percentuais, o que representa uma redução, pois no início da campanha a diferença situava-se em, no mínimo, 15 pontos.
De qualquer forma, perdura o clima de que "alguma coisa" pode acontecer fora do roteiro oficial, devido às denúncias de ameaças de desestabilização, especialmente porque o comando da campanha de Capriles não diz claramente que respeitará os resultados da votação e os chavistas insistem no risco da existência de um "plano B", o que é sinônimo de de-ses-ta-bi-li-za-ção. A direita conta com o apoio poderoso das corporações da mídia hegemônica, que dança conforme a música da CIA, agência de inteligência do império dos Estados Unidos.
O governo anunciou há pouco que está tudo tranquilo em todo o país e os órgãos de segurança garantem que rechaçarão à altura qualquer ato de violência: 139 mil militares estão de serviço; as fronteiras estão fechadas; os portes de armas suspensos; a venda de bebida alcoólica proibida; e Chávez conclamou o povo a votar e permanecer nas ruas, em alerta.
Comentários
Estou aqui agora (19:10 horas aqui/20:40 horas aí, noite dia 7) esperando os primeiros resultados da eleição. Aqui não se divulga pesquisa de boca de urna, tem que esperar o anúncio oficial.