Chávez na quarta-feira, dia 10, quando foi proclamado oficialmente vencedor das eleições do dia 7 pelo Conselho Nacional Eleitoral - CNE (Foto: AVN) |
Por Atilio Boron (reproduzido de Opera Mundi, postagem de 12/10/2012, com o título "Império segue à espreita de novas 'mentiras' para acossar Chávez, face à cabal lisura do processo eleitoral". O título acima é do original)
Na Divina Comédia, Dante Alighieri
descreve com minúcia artesanal os diferentes círculos do Inferno. São nove,
mas nos interessa o oitavo porque é o que está destinado a castigar os
mentirosos, entre os quais sobressaem os maus conselheiros, os charlatões e
os falsários, gente que mente conscientemente e sem escrúpulo algum. Se o
grande florentino tem razão em suas descrições, as recentes eleições
venezuelanas somaram uma enorme quantidade de candidatos a penar para sempre
neste círculo infernal.
Poucas vezes tivemos de suportar
tamanha quantidade de mentiras como as que lemos e escutamos nesses dias. A
“ditadura chavista”, “ataques à liberdade de expressão” na República
Bolivariana, a “fraude eleitoral” foram algumas das mais recorrentes no
rosário de acusações descarregadas sobre Chávez, visando impedir sua
inexorável vitória.
Por que tanto ódio, tanta sede de
vingança, que fez políticos e comunicadores sociais, que supostamente
deveriam caracterizar-se por seu equilíbrio e sensatez, se converterem em
porta-vozes das piores calúnias contra esse personagem? A razão é bem simples:
mentem porque os interesses de classe que representam, associados – e
articulados politicamente com – aos interesses imperais, exigem varrer o
chavismo da face da Terra, e para isso qualquer recurso é válido. (Para ler tudo)
“A esquerda viva do mundo está na América Latina”
“América Latina é hoje o território onde mais experiências
progressistas se estão produzindo, a esquerda viva do mundo está ali e constitui
um modelo para os povos que são vítimas do sadismo econômico. Nas eleições
presidenciais do domingo (na Venezuela) estava em jogo a consolidação ou o debilitamento
dos processos progressistas latino-americanos. Se se tivesse debilitado a
fortaleza, o baluarte venezuelano, teria sido um mal sinal enviado ao mundo e em
particular à Europa.”
(Do jornalista e cientista político francês Ignacio Ramonet, em declarações à televisão venezuelana.) (Notinha de capa do jornal argentino Página/12, edição de 10/10/2012) |
Comentários