Contra a mídia hegemônica e a maioria do STF: segundo pesquisas, Haddad, mais um "poste" de Lula, deve ser eleito neste domingo |
Enviado por luisnassif, dom, 28/10/2012 - 12:28
Por Assis Ribeiro
A grande vitória política que está ao alcance do PT
O PT tem uma grande vitória política ao seu alcance no segundo turno das eleições municipais que ocorre neste domingo. E essa vitória não se resume à possibilidade de uma vitória de Fernando Haddad na maior cidade do país. No ano em que o conservadorismo e seus braços midiáticos sonhavam com a derrocada do partido, em meio ao julgamento do mensalão, o julgamento do voto popular subjugou o processo que pretendia colocá-lo de joelhos. O PT não só está fazendo a maior votação do país, como renovou seus quadros e está abrindo uma nova possibilidade de futuro para políticas que enfrentam grande resistência.
Marco Aurélio Weissheimer
O Partido dos Trabalhadores (PT) tem uma
grande vitória política ao seu alcance no segundo turno das eleições
municipais que ocorre neste domingo (28). E essa vitória não se resume à
possibilidade de uma consagradora vitória de Fernando Haddad em São
Paulo. A sua dimensão maior é de natureza política. E não é nada
pequena.
Há cerca de quatro meses,
lideranças da oposição ao governo federal (se é que ela tem hoje nomes
que mereçam esse título) e a maioria dos colunistas políticos dos
jornalões e grandes redes de comunicação apostavam que o julgamento do
mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) destroçaria o PT nas eleições
municipais. Numa curiosa coincidência, o processo no Supremo adequou-se
ao calendário eleitoral, especialmente no primeiro turno. A pressão era
intensa e permanente para que o julgamento fosse concluído dentro do
calendário eleitoral.
A frustração dessa expectativa foi total. O PT foi o partido mais votado no país, venceu 626 prefeituras (12% a mais do que em 2008), somando mais de 17 milhões de votos. Além disso, aumentou em 24% o número de vereadores e vereadoras, que chegou a 5.164. E levou 22 candidatos para disputar o segundo turno. Mas esse êxito não se resume aos números. O saldo político é muito mais significativo. Essas foram as eleições realizadas sob o contexto do “maior julgamento da história do Brasil”, como repetiram em uníssono colunistas políticos e lideranças da oposição. Ironicamente, o julgamento das urnas talvez seja, de fato, um dos mais impactantes da história do país, fortalecendo o projeto do partido que comanda a coalizão que governa o país há cerca de dez anos e impondo uma derrota categórica ao principal projeto político adversário representado até aqui pelo PSDB, seu fiel escudeiro DEM e pequeno elenco.
E essa derrota, é importante destacar, tem um caráter programático. É a derrota de uma agenda para o Brasil e a vitória do programa que vem sendo implementado na última década com ampla aprovação popular. Não é casual, portanto, que a oposição já comece a flertar com integrantes da própria base de apoio do governo federal numa tentativa de cooptar novos aliados para seu projeto que faz água por todos os lados.
(Para ler mais em Luis Nassif Online)
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