De
Caracas (Venezuela) - Não sei o que a grande e velha mídia do
Brasil anda dizendo atualmente de Álvaro Uribe (foto), ex-presidente da Colômbia,
ultra-direitista, aliado incondicional do império, “amigo” de George W. Bush.
Durante seus oito anos na presidência (2002-2010) mereceu sempre um tratamento
VIP na nossa imprensa.
Agora está isolado, rompido com seu substituto, o
presidente Juan Manuel Santos, seu antigo ministro da Defesa, que ajudou a
eleger. Está contra a negociação em busca da paz com as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia), processo apoiado por quase 80% da população do
país. Fracassaram suas intrigas contra o vizinho, o presidente Hugo Chávez,
líder da esquerda latino-americana. Seus amigos daqui da oposição venezuelana,
agora em campanha eleitoral, negam em público ter ligações com ele.
No último dia 10, segunda-feira, o jornalista venezuelano
José Vicente Rangel, em sua página semanal no jornal Últimas Notícias, o mais lido aqui, relacionou o pessoal em torno
de Uribe que já está preso e/ou processado por envolvimento com os
narcotraficantes e paramilitares:
- Seu chefe do serviço de inteligência, Jorge Nogueira,
foi sentenciado a 25 anos de prisão;
- Seu general favorito, Rito Alejo del Río – segundo
Uribe, “exemplo para policiais e militares da Colômbia -, condenado a 26 anos
de prisão;
- Seu chefe de segurança, general Mauricio Santoyo,
confessou diversos delitos perante a Justiça dos Estados Unidos;
- Seu ministro da Agricultura, Andrés Arias, também está
preso;
- E familiares próximos como Dolly Cifuentes e o
ex-senador Mario Uribe respondem a processos.
Rangel faz a previsão: “Álvaro Uribe está a ponto de ser
processado pela Justiça colombiana”.
Cuba: até quando?
O ex-presidente James Carter afirmou ontem que os Estados Unidos e Cuba poderiam ter um diálogo mais sincero se o primeiro excluísse a ilha de sua relação de países que incentivam o terrorismo. Carter afirmou que o papel de Havana na promoção do processo de paz entre o governo da Colômbia e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) elimina qualquer argumento acerca da permanência de Cuba nessa lista. Carter fez estas declarações na reunião anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina, a OEA e o centro Diálogo Interamericano.
(Notinha da capa do jornal argentino Página/12, de 07/09/2012)
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(Rodrigo)