Chávez, adorado pelos pobres e odiado pelos ricos (Imagem: da Internet) |
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monopólios da grande e velha mídia
De Caracas - Apesar do terrorismo midiático contra tudo que cheire à “Venezuela de
Hugo Chávez”, o último informe do Programa das Nações Unidas para os
Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) anuncia que o país está classificado como o
que ostenta a menor desigualdade entre ricos e pobres da América Latina e
Caribe.
O índice Gini, que mede a
desigualdade, aponta que a Venezuela e, em seguida, o Uruguai, são os países
menos desiguais da região: nos dois países a diferença de renda entre os 20% mais
ricos e os 20% mais pobres não supera 10 vezes. A média na região, tudo segundo
o informe do organismo da ONU, é que 20% da população mais rica tem uma média
de renda per cápita quase 20 vezes superior à renda dos 20% das pessoas mais
pobres.
Venezuela aparece na tabela com
0,41, o melhor colocado na região. Os dados são referentes ao ano 2009. Atrás da
Venezuela e Uruguai, vêm Peru, El Salvador, Equador e Costa Rica. (O Brasil,
neste levantamento, ainda apareceu muito mal, apesar dos avanços obtidos com a
política de inclusão social a partir do governo de Lula: era o campeão da
desigualdade e perdeu este desonroso posto para a Guatemala).
Voltando à Venezuela: não é à
toa que as camadas mais pobres adoram Chávez, que tem sabido priorizar nos seus
quase 14 anos de governo os programas sociais, aqui apelidados de “missões”, na
hora de gastar os imensos recursos vindos do petróleo: o país é o quinto
exportador mundial. Graças ao reconhecimento dos pobres, o presidente deve ser
reeleito pela segunda vez em 7 de outubro.
(Volta e meia se menciona na
imprensa que Chávez disputa sua TERCEIRA reeleição. Esta numeração só seria
correta se se considerar a eleição de 2000 como a primeira reeleição, quando, na
verdade, se tratou de uma confirmação da eleição de 1998, já com base na nova
Constituição, aprovada em 1999 e estabelecendo mandato de seis anos. Então: em
2006 houve a primeira reeleição e agora ele busca a segunda, tendo como principal adversário Henrique Capriles, governador do estado de Miranda.
Uma hora dessa, alguém pode
escrever ou dizer que é a quarta, porque em 2004 ele foi confirmado outra vez
no cargo, já que a oposição conseguiu puxar um referendo revogatório, dispositivo
previsto na nova Constituição).
Simulação de votação mostra que está tudo OK
Tecnicamente parece estar tudo OK
para a eleição presidencial de 7 de outubro. O Conselho Nacional Eleitoral
(CNE, faz o papel do nosso TSE) promoveu no domingo, dia 2, uma simulação da
votação em todos os 1.553 centros eleitorais que vão funcionar no país para
receber os em torno de 18 milhões de cidadãos aptos a votar. Segundo a direção
do CNE, o comparecimento foi satisfatório (10% do eleitorado) e as máquinas eletrônicas,
tudo automático, estão testadas e aprovadas. Em média um eleitor gasta 1,5
minuto para emitir seu voto.
Futebol vem conquistando os venezuelanos
O esporte mais popular daqui é o
beisebol, mas o futebol vem avançando na preferência dos venezuelanos. Segundo
pesquisa recente do instituto Consultores 30.11: o beisebol (muito popular nos
Estados Unidos e em Cuba) continua em primeiro lugar, com 36,8%, seguido do
futebol, 26,6% (depois vêm o basquete, 6,3%, voleibol, 4,9%, e tênis, 3,1%). Acontece
que há 12/15 anos atrás, o quadro era bem diferente: 50% preferiam o beisebol e
somente 6% ficavam com o futebol.
Em consonância com isso, a seleção
daqui, chamada Vinotinto (cor da camisa) vem crescendo em apoio popular e nas
competições. Nas eliminatórias da última Copa do Mundo já deu trabalho aos
adversários. Agora, para a Copa de 2014 no Brasil, volta a tentar disputar seu
primeiro Mundial. Por enquanto está em quinto lugar, depois de perder em casa
para o Chile, primeiro colocado. Na sexta, dia 7, a Vinotinto joga em Lima
contra o lanterna Peru.
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