(Foto: AVN - a estatal Agência Venezuelana de Notícias)
De Caracas (Venezuela) - Creio que esta foto retrata bem o poder de mobilização do chavismo. É do comício realizado pelo presidente Hugo Chávez na última segunda-feira, dia 24, numa rua da cidade de Acarigua, no estado de Portuguesa (oeste do país): milhares de pessoas formando a chamada maré vermelha para receber e aplaudir o "candidato da Pátria".
Apesar do entusiasmo e da certeza da vitória, Chávez alertou ao discursar (como sempre faz): "Não baixemos a guarda
(...) Vamos redobrar o passo e arremeter com força todos os dias que nos
restam até 7 de outubro". Na verdade, os líderes chavistas se empenham para ganhar com uma diferença folgada de votos, visando enfraquecer as denúncias de fraude que a oposição fará - conforme acreditam - logo após a divulgação dos resultados.
Os bolivarianos sabem que, para isso, a direita tem uma arma poderosa, os conglomerados da mídia privada, que eles chamam de terrorismo midiático, inclusive e, especialmente, de alcance internacional, sob a batuta da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos).
Incrível: brasileiros acreditam que não há liberdade de imprensa na Venezuela
No Brasil, por exemplo, a imprensona hegemônica divulga todos os dias mentiras ou meias verdades sobre o governo venezuelano. Já há consolidada uma "matriz de opinião" (expressão muito usada aqui) que encara Chávez como um tirano, um ditador.
É incrível como muitos brasileiros - provavelmente a maioria - acreditam piamente que na Venezuela da revolução bolivariana não há liberdade de imprensa e liberdade de expressão: outro dia contei 15 jornais nas bancas do centro de Caracas com manchetes e/ou títulos da capa criticando e/ou atacando o governo e/ou Chávez.
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