ACORDA, BRASIL: VEJA COMO EQUADOR ENFRENTA A DITADURA MIDIÁTICA


Correa: "Não vamos dar informação a essas empresas corruptas que não pagam impostos" (Foto: Aporrea.org)

Rafael Correa confirma proibição de entrevistas a meios privados de comunicação: declarou que seu governo defende a liberdade de expressão, mas rechaça a “liberdade de extorsão”

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Rafael Correa, presidente do Equador, ratificou neste sábado (dia 22) que seus ministros não estão autorizados a dar entrevistas a meios de comunicação privados.

“Não vamos dar informação a essas empresas corruptas que não pagam impostos”, expressou o mandatário durante seu “contato cidadão” (programa de comunicação da Presidência).

Correa indicou que continuarão informando ao povo, mas através de meios de comunicação “decentes”.

Por que temos que dar informação e poder a essas empresas para que elas encham os bolsos?, questionou.

O presidente equatoriano confirmou sua decisão logo depois de saber que o juiz Décimo Segundo da Criança e Adolescência de Pichincha, Raúl Reinoso, negou a ação de proteção contra a ordem presidencial que proíbe aos ministros conceder entrevistas aos meios privados, formulada pela organização não governamental Fundamedios.

Para o juiz, não existiu nenhuma prova que certifique que a decisão das autoridades seja uma política estatal e, portanto, se possa acolher um amparo de proteção constitucional.

Para Correa, alguns meios de comunicação do seu país e da América Latina "abusam do seu poder midiático", pelo que enfatizou: "Não vamos dar mais lucro e mais poder" a essas empresas.

Confirmou que isso não supõe uma violação à liberdade de informação, pois disse que seus ministros atenderão a "meios decentes", acrescentando que com os "indecentes" não irá "nem até a esquina".

Qualificou como uma "besteira jurídica” (cantinflada, tontería) o recurso apresentado pela organização Fundamedios, acusada por ele de defender interesses de grupos poderosos nacionais e estrangeiros.

Insistiu que seu governo respeita os direitos da informação, mas frisou que não tolerará a "liberdade para a extorsão" que, segundo ele, é praticada por vários meios privados.

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