De Caracas (Venezuela) - Continuamos nosso giro pelas ruas da capital venezuelana. Vejam aí cartazes da Marea (Maré) Socialista, organização bem à esquerda (no Brasil poderia ser encaixada como esquerda radical). As bandeiras centrais são a luta pelo socialismo (pelo Poder Popular ou Poder Comunal, através das comunidades, as Comunas Socialistas) e contra a burocracia do Estado burguês, conforme está explícito na sua propaganda: votar no presidente Hugo Chávez no dia 7 de outubro e, a partir do dia 8, partir para limpar o aparato estatal dos burocratas. Mantém sua estrutura organizacional independente e, recentemente, se filiou à Central Bolivariana Socialista dos Trabalhadores (chavista).
Mantém, portanto, sua estratégia, entendendo que, taticamente, é fundamental reeleger e fortalecer o "comandante", uma liderança popular da qual os venezuelanos não abrem mão, importantíssima para derrotar a burguesia, aliada ao imperialismo estadunidense, e fazer andar o procersso revolucionário. Estão com Chávez inclusive na luta contra o burocratismo, pois o próprio presidente reconhece a importância dessa luta e clama contra os entraves criados pelos burocratas do Estado que ele preside.
Esta foto ilustrou a matéria "Capriles finge ser de esquerda", do jornal mexicano La Jornada (traduzida e postada neste blog recentemente). A matéria explora justamente a tentativa de Henrique Capriles, principal opositor de Chávez, de iludir o eleitor, dizendo-se de esquerda ("Vota abaixo e à esquerda"). Depois da matéria passei a observar os cartazes do postulante direitista. E encontrei outros, veja aí:
O primeiro pede para votar "abaixo e no centro" e o segundo "abaixo e à direita". Quer dizer, o rapaz tenta garimpar votos da esquerda, porque sabe que a esquerda está na crista da onda na Venezuela da Era Cháves. Mas não esquece de pedir votos nas faixas do centro e da direita, onde transita, especialmente na última, de maneira mais desenvolta. Está certo, eleitoralmente, e tem todo o direito de fazê-lo.
A última, das três fotos, é o seu cartaz mais comum: "Há um caminho - vota por teu progresso". Às vezes, algumas variações: "vota por teu futuro", "o caminho da segurança", etc.
Apesar do vermelho, esta não tem nada a ver com o processo eleitoral. Peguei na Praça O Venezuelano, miolo da cidade, nas imediações do Museu Bolivariano, numa casa antiga onde viveu a família do Libertador Simón Bolívar. É a estudantada fazendo passeios educativos no período das férias escolares - 10/agosto a 10/setembro.
E estas duas últimas são da campanha eleitoral dos chavistas: a primeira foi no meu bairro, Montalbán, já à noite quando voltava pra casa, era um show musical, há muitos por aqui. Quando cliquei o artista que aparece aí estava cantando hip-hop; e a última é um grupo cantando e tocando (alguns "bailando") salsa, um ritmo caribenho, o mais popular em Cuba (é muito apreciado aqui também, mas o mais popular por aqui é o merengue).
É no centro, pertinho da Praça Bolívar (aparecem uma barraca do PSUV, Partido Socialista Unido da Venezuela, e a cúpula, com uma bandeira, do prédio da Assembleia - Congresso - Nacional). O PSUV é o grande partido de massa chavista, fundado em 2008, ou seja, já com Chávez na Presidência. Quando ele foi eleito pela primeira vez, em 1998, o foi pelo Movimento V República, em contraposição à chamada IV República, sistema democrático dentro dos marcos da democracia liberal e neoliberal, que chegou ao final do século 20 desgastadíssimo e foi jogado como lixo para a história com a ascensão do chavismo.
Mantém, portanto, sua estratégia, entendendo que, taticamente, é fundamental reeleger e fortalecer o "comandante", uma liderança popular da qual os venezuelanos não abrem mão, importantíssima para derrotar a burguesia, aliada ao imperialismo estadunidense, e fazer andar o procersso revolucionário. Estão com Chávez inclusive na luta contra o burocratismo, pois o próprio presidente reconhece a importância dessa luta e clama contra os entraves criados pelos burocratas do Estado que ele preside.
Esta foto ilustrou a matéria "Capriles finge ser de esquerda", do jornal mexicano La Jornada (traduzida e postada neste blog recentemente). A matéria explora justamente a tentativa de Henrique Capriles, principal opositor de Chávez, de iludir o eleitor, dizendo-se de esquerda ("Vota abaixo e à esquerda"). Depois da matéria passei a observar os cartazes do postulante direitista. E encontrei outros, veja aí:
O primeiro pede para votar "abaixo e no centro" e o segundo "abaixo e à direita". Quer dizer, o rapaz tenta garimpar votos da esquerda, porque sabe que a esquerda está na crista da onda na Venezuela da Era Cháves. Mas não esquece de pedir votos nas faixas do centro e da direita, onde transita, especialmente na última, de maneira mais desenvolta. Está certo, eleitoralmente, e tem todo o direito de fazê-lo.
A última, das três fotos, é o seu cartaz mais comum: "Há um caminho - vota por teu progresso". Às vezes, algumas variações: "vota por teu futuro", "o caminho da segurança", etc.
E estas duas últimas são da campanha eleitoral dos chavistas: a primeira foi no meu bairro, Montalbán, já à noite quando voltava pra casa, era um show musical, há muitos por aqui. Quando cliquei o artista que aparece aí estava cantando hip-hop; e a última é um grupo cantando e tocando (alguns "bailando") salsa, um ritmo caribenho, o mais popular em Cuba (é muito apreciado aqui também, mas o mais popular por aqui é o merengue).
É no centro, pertinho da Praça Bolívar (aparecem uma barraca do PSUV, Partido Socialista Unido da Venezuela, e a cúpula, com uma bandeira, do prédio da Assembleia - Congresso - Nacional). O PSUV é o grande partido de massa chavista, fundado em 2008, ou seja, já com Chávez na Presidência. Quando ele foi eleito pela primeira vez, em 1998, o foi pelo Movimento V República, em contraposição à chamada IV República, sistema democrático dentro dos marcos da democracia liberal e neoliberal, que chegou ao final do século 20 desgastadíssimo e foi jogado como lixo para a história com a ascensão do chavismo.
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