Ainda encontrei um cartaz inteiro |
De Caracas
(Venezuela) – Vi a denúncia no diário Ciudad CCS, editado pela prefeitura
de Caracas. Foi na terça, dia 21. Fui até a Avenida Universidad (local indicado
na matéria), que começa (ou termina) no centro da cidade. E comprovei com
fotos, que estão aí. Vi apenas um cartaz ainda inteiro, uns poucos rasgados e a
maioria já retirada.
Traduzo
os termos do cartaz: "Isto pode ser expropriado. Com as expropriações perdemos todos, você fica sem seu negócio que lhe custou tanto levantar e seus empregados vão pra rua. Igual a você. Não me calo mais".
O mesmo cartaz aí (a outra inscrição não tem nada a ver, é um dos slogans chavistas: "Os que querem Pátria, venham comigo") |
Alguns estavam rasgados parcialmente |
O
caso é o seguinte: colaram tais cartazes nas paredes, sem identificação dos
autores, fazendo terrorismo quanto às expropriações, como se qualquer pequena
propriedade ou pequeno negócio estivesse sob risco de ser tomado pelo governo
de Hugo Chávez.
O objetivo
é claro: como o presidente está em campanha para reeleição em 7 de outubro e
uma das principais metas do seu programa é a construção do socialismo – o
governo tem expropriado grandes empresas e grandes áreas de terra -, a direita
tenta assustar os eleitores, especialmente as camadas de classe média, já que
parte dela resiste a um governo que beneficia, prioritariamente, os setores
mais pobres, mais injustiçados. A mensagem é: cuidado! Chávez vai tomar sua
casa, vai tomar seu comércio. O candidato da oposição, Henrique Capriles, está
sempre repetindo que no seu governo, caso ganhe, não haverá expropriações.
Isso
é somente um pequeno exemplo, porque o jogo pesado do chamado “plano B” da direita
está aí no terreno obscuro das suspeitas, das ameaças e dos indícios de
conspiração, como, aliás, tem sido denunciado por lideranças chavistas, pelo
próprio Chávez e por jornalistas e analistas políticos, e veiculado com
frequência neste blog.
Comentários
E também lembremos de Regina Duarte dizendo que estava "com medo" na eleição de 2002.
de Salvador - Fabiano