Por Breno Altman, Jonatas Campos e Marina Terra,
de Caracas (Venezuela)
Fio condutor da pedagogia chavista foi o resgate da história e
do pensamento de Simón Bolívar - Foto: Opera Mundi
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Um
dos paradigmas mais aceitos na ciência política, ao estudar
comportamentos eleitorais, está na constatação que a diminuição dos
abismos sociais e o fortalecimento da classe média tendem a enfraquecer o
embate político-ideológico. Quem for aplicar essa lógica na Venezuela,
porém, dará com os burros n'água. A disputa entre os campos chavista e
antichavista se acirra na mesma proporção em que o país se torna
socialmente mais homogêneo, alcançando o topo do ranking sul-americano
de distribuição da renda.
“A politização de todas
as classes sociais, radicalizada desde a eleição do presidente Chávez,
conduz a um posicionamento que vai além de interesses imediatos dos
diversos setores”, analisa Jesse Chacon, diretor da GIS XXI (Grupo de
Investigação Social Século XXI). “Aqui esquerda e direita, governo e
oposição, vão às ruas para disputar projetos nacionais, que ultrapassam
reivindicações pontuais, benefícios econômicos ou avanços sociais.”
(Para ler todo o artigo no Brasil de Fato)
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