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Por Najla Passos – Especial para a Carta Maior (Reproduzido de Carta Maior, de 24/08/2011)
“Quando se trata das dificuldades enfrentadas pelos grandes banqueiros e empresários, a resposta do governo é muito rápida, como no caso da recente e vergonhosa isenção de impostos para o setor industrial”, reclamou um dos coordenadores da Via Campesina e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andreoli.
“Nós, trabalhadores, estamos nas ruas, fazendo a nossa parte. Esperamos que o governo também faça a dele, sem utilizar a velha desculpa da correlação de forças desfavorável”, completou.
A Jornada Nacional de Lutas teve início segunda-feira (22/08), quando três mil famílias de sem-terra começaram a acampar em Brasília. E encorpou nesta quarta-feira, com a chegada de caravanas de estudantes e de centrais sindicais à capital federal.
Os manifestantes entregaram a pauta unificada das 15 entidades que organizam o ato ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e ao vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Brito. O objetivo era garantir que tudo fosse conhecido pelos três poderes.
Carvalho se comprometeu a realizar novas reuniões até o fim da semana, para dar respostas. Marco Maia prometeu interceder pelos manifestantes junto à presidenta Dilma Rousseff.
Pauta unificada, pautas específicas
Após o fim do ato unificado, as entidades foram brigar por suas pautas específicas. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) foram para a porta dos ministérios das Cidades e dos Esportes, protestar contra despejos que vêm ocorrendo devido às obras da Copa do Mundo e da Olimpíada.
Sem-terra ligados à Via Campesina protestaram em frente ao Ministério das Minas e Energia, para pedir o fim de grandes obras no campo, a manutenção do caráter estatal das empresas de energia e a garantia de que os recursos provenientes do Pré-sal beneficiem toda a população brasileira.
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