Piquete dos grevistas e policiais diante do portão fechado da Secretaria Municipal da Fazenda |
Parte dos barrados na entrada da Sefaz ficou assistindo "de camarote" no prédio defronte |
Jeiel Soares, dirigente do Sindseps, dando entrevista à equipe da TV Bahia |
Everaldo Braga, dirigente do Sindseps, faz um cumprimento cavalheiresco a Mainá Souza Moura, quando ela desiste de entrar na Sefaz |
Maioria dos barrados parece apoiar o movimento grevista
Cerca de 400 servidores municipais se juntaram na porta da Sefaz, parte grevistas que promoviam o piquete e parte funcionários impedidos de terem acesso aos seus locais de trabalho. Entre estes, porém, não parecia haver reprovação à ação dos piqueteiros, afinal as melhorias salariais reivindicadas no bojo do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e a adoção de “assistência médica já”, uma das bandeiras do movimento, seriam para todos.
Portanto, a maioria dos barrados na porta da Sefaz parecia apoiar o movimento, embora parte deles não queria se comprometer temendo algum tipo de represália ou por mera acomodação. Marlene Cardoso (foto), 35 anos de serviços na Sefaz, por exemplo, não pôde entrar para trabalhar e ficou apreciando a movimentação da sacada do prédio em frente.
- A senhora apoia a greve ou não?
- Assim meio termo. Não sei se a greve é necessária, pode ser que seja. Mas, como exerço função de chefia, não tenho muito a dizer, não posso me expor. As reivindicações não são injustas, mas prefiro ficar neutra.
Já Edson Carlos (foto), que tem 28 anos de prefeitura e trabalha na Fundação Mário Leal Ferreira, apoia e participa da greve. “Nunca vi uma administração tão precária como esta, acho que a culpa não é nem do prefeito, mas do seu secretariado”, comentou, criticando duramente os serviços de coleta de lixo e de transporte coletivo e apontando a ruindade do asfalto e a buraqueira. Disse defender com entusiasmo a necessidade do plano de cargos e do plano de saúde.
Uma servidora que não quis se identificar declarou-se a favor dos grevistas, mas não participa, estava ali só porque não pôde entrar. Aproveitou o breve papo com o repórter para reclamar do não pagamento de diferenças salariais originadas da aplicação da URV, unidade monetária usada na adoção do Plano Real, em 1994; e da prefeitura não depositar o FGTS dos funcionários, conforme denunciou.
Paulo Roberto, também da Sefaz, 29 anos de serviços, despachou o repórter/blogueiro rapidamente:
- Não quero dar opinião.
- Por que?
- Porque sou cristão, sou batista.
Quem estava ali apoiando a paralisação era o engenheiro Sérgio Mascarenhas (foto), da Associação dos Servidores Municipais de Engenharia e Arquitetura (Asmea). Opinou sobre a justeza das reivindicações “para todos os níveis”, destacando que o pessoal de nível superior – é o seu caso – está com os salários defasados. Um engenheiro tem como salário base inicial R$ 904,00, enquanto o piso nacional para esse tipo de profissional é de nove salários mínimos, segundo explicou.
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