MARCHA DA LIBERDADE: “A VONTADE DE SABER QUEM NÓS, JUNTOS, SOMOS” (Panfletos e fotos)


EM CASA, SOMOS UM. JUNTOS, SOMOS TODOS!
Um dos panfletos dos organizadores da marcha
1 - Vamos beber na fonte original. Transcrevo aqui no meu Evidentemente manifestos/panfletos do pessoal da marcha, assunto das duas últimas postagens. Este manifesto está no sítio www.marchadaliberdade.org com o título “Crescermos de verdade”, datado de 27/maio.


“A Marcha da Liberdade não é tanto um protesto quanto um experimento. Um desejo que a Rede tem de se olhar no espelho, de se descobrir.


Na manhã de terça lançamos um nome e um manifesto. Em três horas a #marchadaliberdade era o assunto mais citado no twitter.


Na manhã de quarta tínhamos um site e um convite para uma reunião no MASP. Mais de 100 pessoas apareceram.


Na manhã de quinta tínhamos dezenas articulando em rede. No fim do dia contamos a adesão de mais de 20 movimentos e organizações.


Hoje é sexta, e chegou a hora de crescermos de verdade. Temos apenas mais um dia para lotar a Paulista. Precisamos de você!


Entre conosco nas redes sociais, e espalhe a #marchadaliberdade como puder a partir das 14hs, exatas 24hs antes do início de nossa festa de sábado.


Nosso desejo é manter a #marchadaliberdade nos TTs a tarde toda. Telefone aos amigos, conte para gente na rua, no trabalho, na escola.


Convocar não apenas São Paulo, mas o Brasil todo.


Se você mora fora de SP, essa Marcha também é sua. E vocês podem fazer a diferença de casa, acompanhando a nossa transmissão ao vivo pelo Livestream a partir das 13hs, direto do vão do MASP. Vocês serão nossos braços e vozes digitais para, durante a marcha, colocar a #marchadaliberdade nos TT’s do mundo. Juntos na rua e na web, assim como tantos irmãos ao redor do mundo em 2011.


Egito, Espanha, Grécia, EUA, Portugal… Essa semana apenas, são quase 700 manifestações pelo globo. Todas espontâneas, criadas em rede, sem líderes ou bandeiras exclusivas. Vivemos um momento único na história. De tomada de consciência, um despertar coletivo, de gente sedenta pelo futuro.


Portanto, traga sua indignação, mas deixe a raiva em casa. Ofereça uma piada à rua, nunca uma ofensa. Vista-se com sua melhor idéia, traga sua melhor frase, sua melhor sacada, seus braços abertos.


Não defenda apenas suas causas, mas as dos demais. Vamos dissolver nossas demandas, nossas cobranças, nossos egos… é a única forma de descobrir o que nos une de verdade nesse movimento: a vontade de saber quem nós, juntos, somos.


A Marcha da Liberdade não é apenas um protesto, exatamente. É um experimento. Amanhã, no MASP, vamos descobrir o resultado”.




“Para todas as pessoas que não calam e que ainda acreditam na liberdade de expressão”


2 – Este foi distribuído durante a marcha. Está com formato e ilustrações que o identificam como de autoria dos organizadores do movimento.


“Para todos os movimentos sociais, por moradia, por terra e por uma vida melhor. CONTRA O RACISMO, CONTRA A HOMOFOBIA E O MACHISMO. Para todas associações de bairros, partidos, anarcos, usuários, gente diferenciada, oprimida em geral. Ligas, correntes, grupos de teatro, dança, vagabundos, grafiteiros, operários, feministas, coletivos sonoros, vítimas de enchentes, corjas de maltrapilhos e outros afins. Todas organizações, coletivos, blocos, bandos e bandas que não calam diante da CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DA POBREZA. Todos e todas que não suportam mais violência policial repressiva. Que NÃO AGUENTAM MAIS a caretice proibicionista que proíbe atos, festas e boemias; que constrói rampas anti-mendigos; QUE PATROCINA UMA POLÍCIA ASSASSINA E VIOLENTA; que tenta calar a Marcha da Maconha e não coíbe os skinheads, nazistas, de continuarem a agredir LGBTs, nordestinos, pretos e outras MAIORIAS; que reprime trabalhadores e professores, que aumenta o valor do transporte público”.


“Contra a ditadura demotucana, democratizadora da infelicidade. Vinte anos no poder, sessenta anos de cassetete e bala”.


“BASTA! Vamos para a rua DE NOVO, em prol da liberdade”.


“Colabore. Contamos com pernas e braços de todos que se movimentam e com as vozes dos que não consentem”.




“Poder econômico, o único verdadeiro poder que existe”


3 – Este panfleto foi distribuído também na marcha, mas está sem título e sem “assinatura”. Uma simples folha de papel. Parece ser iniciativa particular de alguém ou de algum grupo. Botei o título acima.


“ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO?


SIM, mas só pra quem pode pagar advogado criminalista.


LIBERDADE DE OPINIÃO?


SIM, mas só para a grande imprensa dar a sua ver$ão dos fatos.


DEMOCRACIA?


NÃO, Democracia não é “ausência de Ditadura”; significa governo-do-povo (sem intermediários).


LIBERDADE DE ESCOLHA?


NÃO, somos obrigados a votar pra podermos ser culpabilizados pelo fato de os eleitos não cumprirem suas promessas, de se revelarem corruptos.


NÃO, a não ser que você esteja disposto a arriscar seu emprego, sua vida.


O POVO É IGNORANTE?


NÃO, o povo pode ignorar muita coisa, mas aprendeu, e já há muito tempo, que votar não adianta nada.


VOTAR É DEVER CÍVICO?


NÃO, civismo não é bienal, é diuturno. Os ricos e os pobres não votam, sabem que continuarão cada vez mais ricos e mais pobres; só a classe média acha que pode limpar sua consciência apertando um botão de 2 em 2 anos.


NÃO HÁ ALTERNATIVA PARA A BARBÁRIE?


A alternativa é o movimento social – independente de partidos/organizações, esclarecido, determinado, corajoso. Só ele pode tentar deter a repressão (oficial ou de gangues fascistas) aos que lutam por justiça social”.


“A DITADURA NÃO ACABOU, POIS ELA INDEPENDE DE MILITARES – SÓ DEPENDE DO PODER ECONÔMICO, O ÚNICO VERDADEIRO PODER QUE EXISTE”.



Segue uma seleção de fotos da marcha do sábado, dia 28 (As duas primeiras são reproduzidas do sítio www.marchadaliberdade.org , as outras são minhas):



Ainda na Avenida Paulista, já começando a dobrar para a
Rua da Consolação





Deputado federal Ivan Valente, PSOL-SP
Escritor Marcelo Rubens Paiva

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