FAMÍLIAS DESALOJADAS PROTESTAM PELO DIREITO À MORADIA (Vídeo)

De Buenos Aires (Argentina) – Vídeo de 12/04/2011: um pequeno grupo de manifestantes acabam de sair da frente do Ministério de Desenvolvimento Social do Governo da capital portenha, onde protestavam contra a retirada de 16 famílias (segundo eles, 50 crianças e 47 adultos) que estavam ocupando um prédio (não casas, como falo no áudio), durante nove anos, na Rua México, no bairro de Monserrat (perto da área central da cidade). Eles reivindicam a construção de casas populares.


A luta das famílias pobres é apoiada por várias entidades do movimento social. No vídeo, a faixa maior é do Movimento Evita. Diz: “Pelo direito de morar dignamente na cidade”.


As famílias foram retiradas do prédio na segunda-feira, dia 11, e
jogadas, literalmente, na rua, onde estavam pelo menos até a sexta,
dia 15 (Foto: Reprodução)
Cartaz de Mauricio Macri (primeiro à esquerda), junto às famílias na
Rua México, adulterado com xingamentos: "Macri 2011 na cidade faz
cagadas - Mentiroso Ambicioso Corrupto Repugnante Inútil - 'Ladrão'
- Gosto de rir dos pobres" (Foto: Jadson Oliveira) 
Os manifestantes na frente do Ministério do Desenvolvimento Social
do Governo da capital (Foto: Jadson Oliveira)
Menciono no áudio, mas me parece que fica meio confuso: aqui tudo é Ministério e o titular é ministro, tanto do governo federal, como dos governos estaduais (províncias) e do governo da capital (quem governa a capital Buenos Aires é chamado aqui de “chefe de Governo da capital”, o que equivale ao nosso prefeito de uma capital ou ao nosso governador de Brasília, do Distrito Federal). É diferente do Brasil, onde Ministério e ministro são somente do governo federal, enquanto os governadores e prefeitos têm Secretarias e secretários.


Bem, é só questão de terminologia, porque na prática dá no mesmo.


O “chefe de Governo da capital” (prefeito ou governador de Buenos Aires) é Mauricio Macri, aparentemente o pré-candidato a presidente “da Nação” (como dizem aqui) mais forte contra o favoritismo da presidenta Cristina Kirchner. É de direita. Seu partido é sempre mencionado como PRO. Erradamente, eu disse em matérias neste meu blog que PRO não seria uma sigla, seria simplesmente PRO, em favor de alguma coisa, baseado na informação de um deputado. Recentemente vi no blog de Ariel Palacios, correspondente do Estadão aqui na Argentina, que Macri criou em 2003 o partido Compromisso pela Mudança (“Cambio”), CpC, e integra a coalizão Proposta Republicana, vindo daí o PRO.


São detalhes que, creio, não chegam a interessar os leitores brasileiros, mas detesto quando dou informação factual errada.



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