VÍDEO: PARTIDO OPERÁRIO NAS RUAS CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO

De Buenos Aires (Argentina) - Depois de uma concentração na Praça de Maio, no final da tarde de terça-feira, dia 28, a militância do Partido Operário (PO - Partido Obrero) desfila pela Avenida de Maio. O partido luta contra a terceirização na área dos ferroviários, cuja luta resultou no assassinato do militante Mariano Ferreyra em 20 de outubro último. Sete pessoas ligadas à burocracia sindical da União Ferroviária estão presas como autores materiais do crime. Cerca de mil terceirizados já foram contratados, através de negociações com o Ministério do Trabalho, mas há uma controvérsia entre o PO e o governo federal para a contratação de mais 60 pessoas.

Devido à lista desses 60 houve mais manifestações, acusações de parte a parte e choques, resultando em dois militantes do PO presos na semana passada, soltos logo depois e processados.

O PO é de esquerda, o que aqui significa linha trotskista (aqui usa-se muito o termo "piquetero"), é contra o governo de Cristina Kirchner (que tem o apoio de muitas organizações e partidos de centro-esquerda), não tem representação parlamentar, mas tem poder de mobilização. Acusa o governo de fazer o jogo da burocracia sindical, que é sua aliada, e cobra a punição dos responsáveis políticos pelo assassinato de Mariano, os quais estão justamente entre os dirigentes de tal burocracia, conforme aponta.

O governo, por sua vez, mostra afinidade com os Direitos Humanos, não aplica repressão violenta diante dos conflitos sociais e acusa o PO de, objetivamente, se aliar a líderes políticos da direita (como o "prefeito" da capital, Mauricio Macri, e o ex-presidente Eduardo Duhalde), os quais, segundo o governo, tentam alimentar o caos social e instigam os simpatizantes da repressão violenta contra os movimentos populares, com amplo espaço nos meios privados de comunicação.


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