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Cerca de 500 bancários em passeata quando passavam pela Rua Direita, por volta das 18 horas |
De São Paulo (SP) – Esta é a estratégia dos bancários paulistanos, de acordo com os discursos das lideranças no final da tarde desta quinta-feira, dia 30 - segundo dia de greve por reajuste salarial -, durante concentração na Praça do Patriarca e passeata por ruas do Centro Velho. A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, fez um balanço com números considerados animadores: a mobilização vem crescendo e 28 mil já aderiram ao movimento (a base da entidade abrange, no entanto, 130 mil empregados), paralisando 645 agências e 14 centros administrativos.
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Juvandia: pela negociação |
Segundo os relatos feitos pelos coordenadores regionais da greve, as adesões são fortes nos bancos estatais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) e consideradas crescentes nos grandes bancos privados, especialmente no Itaú, onde três centros administrativos estariam parados. Quanto ao Bradesco, eles lembraram as dificuldades de mobilização, devido a represálias, e defenderam a necessidade de se intensificar o trabalho de convencimento dos colegas. A ação dos sindicalistas e militantes se concentra, na verdade, nos locais mais centrais e de maior concentração de empregados, já que parece ser inviável parar as atividades nas diversas agências de bancos privados espalhadas pela base do sindicato. A greve não atinge o setor de auto-atendimento aos clientes, que continua funcionando sem restrições.
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Itaú, Praça do Patriarca: quarta/quinta, só auto-atendimento |
A data-base da categoria é 1º. de setembro. Os grevistas querem 11% de reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de outras reivindicações. Os banqueiros, através da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), se dispuseram a dar apenas a reposição da inflação (4,29%), o que resultou na deflagração da greve por tempo indeterminado. Até esta quinta-feira, eles não tinham demonstrado qualquer tendência de aumentar sua proposta. “Estamos dispostos a negociar”, diz Juvandia Moreira, acrescentando: “O fim da greve está nas mãos dos banqueiros, basta que apresentem uma proposta à altura do empenho dos bancários, da lucratividade elevada dos bancos e do cenário de crescimento econômico no país e no setor financeiro”. Ela rechaça a acusação dos patrões, segundo a qual a paralisação é provocada pela intransigência dos dirigentes bancários.
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Os grevistas se concentraram e fizeram discursos na Praça do Patriarca |
A continuidade ou não da greve em São Paulo será decidida nesta sexta-feira, dia 1º., em assembléia a ser realizada a partir das 16 horas, na Quadra dos Bancários, no centro da cidade (proximidades da Praça da Sé). O movimento é de caráter nacional. Conforme informações dos sindicalistas paulistas, a interrupção das atividades atinge mais de 20 estados e o Distrito Federal. No Brasil existem 460 mil bancários, formando uma das poucas categorias que possuem Contrato Coletivo de Trabalho válido nacionalmente.
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE ELEIÇÃO
Nesta quinta-feira, dia 30, oficialmente o último dia da campanha de rua das eleições 2010, o Centro Velho da capital paulista viveu ainda mais agitado, se é que se possa admitir mais agitação do que a existente no seu dia-a-dia. Além dos costumeiros “malucos”, vendedores, pregadores do Evangelho, forrozeiros,dançarinos/dançarinas, trovadores, mágicos, frequentadores da feira do rolo e “artistas” os mais diversos, o movimento, especialmente na Praça da Sé, se intensificou com a presença de candidatos e prepostos que tentavam, até o último momento, garimpar votos.
Enquanto esperava a passeata dos bancários em greve (matéria acima), fiquei circulando por ali, como sempre faço pelo centro das cidades por onde tenho vivido ultimamente, provisoriamente, e cliquei algumas fotos na minha maquininha digital de fotógrafo improvisado. Compartilho algumas sobre o tema eleitoral:
Antes, um parêntese: estou escrevendo esta nota depois do debate da Globo, O ÚLTIMO DEBATE. Aqui pra nós: achei o mais fraco de três a que assisti, não sei se foi a repetição, não me pintou nenhum lance para escrever, como nos outros dois, o da Band e o da Record. Cedo à tentação de rotular: Dilma, burocrática, jogando na retranca igual ao time do Dunga; Serra, chato igual a menino prodígio, sabe tudo, já fez tudo; Marina, não fede nem cheira, especialista em “pensamento estratégico”, seja lá o que isso possa ser; e Plínio, o exótico, porque diz coisas que soam estranhas na TV brasileira. Fecha o parêntese.
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A "Rádio Mercadante" se instalou na Praça da Sé,
debateu com eleitores e fez a propaganda do PT |
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Por toda a cidade, "cabos eleitorais" distribuiam "santinhos", colas e folhetos |
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Candidatos do PTN com a "TV na rua" em frente à Catedral da Sé
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Postos de campanha de petistas em atividade na Praça do Patriarca |
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